Bloomberg — Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caíram ao nível mais baixo desde março de 2020 na semana passada, o que mostra que os empregadores estão tentando manter seus funcionários em meio a um mercado de trabalho muito concorrido.
Os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos estados totalizaram 293 mil na semana encerrada em 9 de outubro – representando uma diminuição de 36 mil em comparação à semana anterior, segundo dados do Departamento do Trabalho dos EUA divulgados nesta quinta-feira (14). A estimativa média aferida em uma pesquisa da Bloomberg com economistas projetava uma ligeira redução para 320 mil pedidos.
Contudo, em termos não ajustados, os pedidos iniciais tiveram um aumento de 16 mil em comparação com a semana anterior. Califórnia, Michigan, Missouri e Novo México registraram os maiores aumentos; Tennessee, Texas e Flórida, as maiores reduções.
Os pedidos contínuos de benefícios federais caíram para 2,6 milhões na semana encerrada em 2 de outubro.
Os pedidos têm diminuído com a recuperação da economia, aumentando a demanda por trabalho para acompanhar o consumo. O último aumento de casos de coronavírus não resultou em demissões generalizadas, pois as empresas procuraram contratar mais trabalhadores além de reter os atuais funcionários.
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Ainda assim, setembro foi o mês com o menor crescimento de empregos do ano nos EUA, pois o fim do auxílio de seguro-desemprego, iniciado com a pandemia, e a volta às aulas não levaram a um aumento considerável nas contratações. Isso, juntamente com os problemas persistentes da cadeia de suprimentos, levou vários economistas a reduzirem suas previsões de crescimento para o terceiro trimestre, divulgadas no final deste mês.
A escassez de creches provou ser um grande obstáculo, já que o número de mulheres no Payroll caiu no mês passado pela primeira vez desde dezembro de 2020.
O seguro-desemprego do governo federal devido à pandemia foi encerrado em 6 de setembro em todos os estados.
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