Bloomberg — O Banco Central pode alterar o ritmo dos aumentos da taxa básica de juros, Selic, à medida que busca puxar a inflação de volta para a meta, disse um membro do comitê de política monetária (Copom) nesta quarta-feira (13).
“Pode acelerar ou desacelerar”, disse o diretor de política econômica Fabio Kanczuk em um evento para investidores organizado pelo HSBC. “Nosso ritmo de 100 pontos base é uma dica, não um compromisso. Você vê os novos dados e os analisa novamente. As coisas estão mudando o tempo todo.”
O BC tem sido o mais agressivo do mundo, elevando a Selic em 425 pontos base desde março, para 6,25%. Os legisladores estão combatendo a inflação acima da meta impulsionada por uma economia em reabertura e contas de eletricidade mais altas. A autoridade monetária deve entregar sua terceira alta consecutiva em 27 de outubro.
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A inflação anual na maior economia da América Latina atingiu 10,25% em setembro. Os banqueiros centrais veem o atual ritmo de aperto como “mais do que suficiente” para trazer a inflação de volta à sua meta em 2022, disse Kanczuk.
Uma deterioração adicional na perspectiva de inflação no Brasil pode exigir um ritmo mais rápido de altas, disse Alberto Ramos, economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs. “Cem pontos-base por reunião é um bom ritmo, mas deterioração adicional por meio, por exemplo, do aumento da inércia de forças podem exigir uma resposta monetária de curto prazo mais rápida e profunda.”
O BC tem como meta a inflação anual de 3,75% este ano e 3,5% em 2022.
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