Bloomberg Línea — A inflação medida pelo indicador IPC-S avançou 1,43% na primeira quadrissemana de outubro, mas com recuo em três capitais (Recife, Porto Alegre e São Paulo) e no Distrito Federal em relação à última medição. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (13) pela Fundação Getulio Vargas.
- Taxa acumula alta de 10,45% nos últimos 12 meses
- Índice avançou em Salvador (+0,89%), Belo Horizonte (+1,52%) e no Rio de Janeiro (+1,41%)
Até quando?
Nesta terça-feira (12), em entrevista veiculada pela Bloomberg TV, o ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, disse que o crescimento não será um problema para o país, mas sim a inflação, assunto que está sendo endereçado pela política monetária do Banco Central.
Ele afirmou que a política monetária está no lugar certo, com o Banco Central aumentando os juros para conter a escalada de preços.
A questão inflacionária, segundo especialistas ouvidos pela Bloomberg, está sendo impulsionada por desde atrasos nas exportações até picos de demanda após as restrições da pandemia, consequências do Covid-19. Por isso o consenso de que qualquer aceleração da inflação não durará muito.
O BC tem sido o mais agressivo do mundo, elevando a Selic em 425 pontos base desde março, para 6,25%. Os legisladores estão combatendo a inflação acima da meta impulsionada por uma economia em reabertura e contas de eletricidade mais altas. A autoridade monetária deve entregar sua terceira alta consecutiva em 27 de outubro.
Na última semana, o IBGE divulgou que o IPCA teve alta mensal de 1,16% em setembro, puxado pelos preços da energia e do botijão de gás.
Foi o maior avanço para o mês desde setembro de 1994. No ano, o índice acumula alta de 6,90% e, nos últimos 12 meses, de 10,25%, acima dos 9,68% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
--Com informações da Bloomberg News
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