Louis Vuitton desacelera vendas de artigo de luxo com retomada

A LVMH é o primeiro entre os grupos de luxo a relatar vendas trimestrais, e os resultados sugerem que o crescimento da indústria está no caminho certo, mesmo que o ritmo diminua

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Bloomberg — O crescimento das vendas da LVMH diminuiu em relação ao trimestre anterior, quando as compras de bolsas Louis Vuitton e outros itens de luxo tiveram forte expansão após a reabertura das lojas com o fim dos lockdowns.

A receita orgânica da unidade de moda e artigos de couro cresceu 24% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, informou a empresa em um comunicado nesta terça-feira. Os analistas esperavam um ganho de 21%. No segundo trimestre, as vendas nessa divisão mais do que dobraram em relação ao ano anterior, quando as lojas estavam quase todas fechadas durante a primeira onda de Covid.

A LVHM afirmou estar confiante de que o crescimento atual continuará. Os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) tiveram alta de 3,5%.

A LVMH é o primeiro entre os grupos de luxo a relatar vendas trimestrais, e os resultados sugerem que o crescimento da indústria está no caminho certo, mesmo que o ritmo diminua. Antes dos números mais recentes, os analistas também citaram a preocupação com a possível interrupção da demanda na China em meio a um ressurgimento do vírus e os planos do governo para alcançar a chamada “prosperidade comum” por meio da regulação e redistribuição de renda.

No final de setembro, a região da Ásia, excluindo o Japão, era a maior da LVMH, respondendo por 36% das vendas. Os EUA ficaram em segundo lugar, contribuindo com um quarto da receita.

O crescimento orgânico da receita no terceiro trimestre foi de 18% na unidade de relógios e joias. Os analistas esperavam 23%. No geral, as vendas de 9 meses da LVMH de 44,2 bilhões de euros (US$ 51 bilhões) ultrapassaram os níveis de 2019. A Tiffany & Co. tornou-se parte da LVMH em janeiro.

A LVMH tem um histórico de superar as estimativas trimestrais por uma ampla margem. As ações da empresa negociadas em Paris perderam 11% desde que atingiram um recorde em 12 de agosto.