Ex-presidente da Braskem é condenado a 20 meses de prisão por suborno

José Carlos Grubisich havia se declarado culpado, no início deste ano, em duas acusações de conspiração por violação das leis antissuborno dos Estados Unidos

Grubisich e seus conspiradores desviaram cerca de US$ 250 milhões da Braskem para um fundo secreto usado para subornar governantes, partidos políticos e outros no Brasil
Por Patricia Hurtado
12 de Outubro, 2021 | 03:08 PM

Bloomberg — O ex-presidente da Braskem José Carlos Grubisich foi condenado a 20 meses de prisão por sua participação em um amplo esquema de suborno que envolveu a gigante da construção brasileira Odebrecht.

Grubisich, 64, foi sentenciado nesta terça-feira (12) pelo juiz distrital dos Estados Unidos Raymond Dearie em Nova York.

O ex-presidente da companhia havia se declarado culpado, no início deste ano, em duas acusações de conspiração por violação das leis antissuborno dos Estados Unidos, após reconhecer que aprovou o pagamento de US$ 4,3 milhões a um funcionário da Petrobras pelos direitos para construir e operar uma planta. A Braskem, maior empresa petroquímica do Brasil, é uma unidade da Odebrecht.

De acordo com promotores americanos, Grubisich e seus conspiradores desviaram cerca de US$ 250 milhões da Braskem para um fundo secreto usado para subornar governantes, partidos políticos e outros no Brasil para obter uma vantagem indevida para Braskem e Odebrecht.

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As empresas se confessaram culpadas em 2016 de conspiração por violar as leis antissuborno dos EUA e concordaram em pagar US$ 3,5 bilhões para resolver um grande caso movido pelos EUA, Brasil e Suíça.

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