Véspera de feriado e exterior negativo puxam Ibovespa para o vermelho

Crise de energia global segue preocupando os investidores, que somam ainda a inflação alta, a proximidade da temporada de balanço e as reguladoras chinesas

Por

São Paulo — O dia foi marcado pela baixa liquidez nos mercados domésticos hoje (11), em véspera de feriado no Brasil e em dia de mercado de títulos fechado nos Estados Unidos, por conta do feriado de Columbus Day. A alta nos preços da energia alimentou a volatilidade das ações em meio a um debate cada vez mais intenso sobre se as pressões inflacionárias serão transitórias ou prejudicarão a economia. O mercado global também avalia a possibilidade de a China expandir sua repressão aos bancos.

A temporada de balanços do terceiro trimestre começa nesta semana, com resultados de bancos. Para os analistas, esse será o próximo teste-chave para o mercado de ações em um momento em que as preocupações macroeconômicas estão levantando dúvidas sobre se os valuations podem ser esticados ainda mais.

Com mercados locais fechados amanhã, os investidores já pensam na quarta-feira, que terá a ata da última reunião do comitê de política monetária do banco central americano (Fomc) como destaque na agenda.

  • O Ibovespa fechou em queda de 0,58%, a 112.180 pontos
  • O dólar e o juros avançaram na sessão. O dólar subia 0,58%, a R$ 5,54 nos minutos finais do pregão. O DI para janeiro próximo foi de 7,234% para 7,272%, enquanto o vencimento para janeiro de 2027 foi de 10,430% para 10,510%
  • Nos EUA, o S&P 500 caiu 0,69%, o Dow Jones, 0,72%, e o Nasdaq, 0,64%

Contexto

O petróleo WTI superou os US$ 81 por barril pela primeira vez desde o final de 2014, à medida que uma crescente crise de energia da Europa à Ásia aumenta a demanda pela commodity antes do inverno. Os investidores estão atentos ao que os reguladores chineses podem visar, depois de apertar o controle sobre setores que vão de educação privada a jogos digitais, propriedades e seguros.

O Bitcoin acelerou alta e superou os US$ 57 mil pela primeira vez desde maio, enquanto os traders apostam que a maior criptomoeda testará novamente os recordes alcançados no início deste ano.

-- Com informações de Bloomberg News