Barcelona, Espanha — Novos catalisadores somam-se às análises de mercados esta semana: a nova safra de balanços financeiros. Os bancos serão os primeiros a divulgar seus números. Ainda que resultados das companhias possam dar algum fôlego às bolsas, os riscos inflacionários e o ritmo de crescimento das economias globais continuam no topo da agenda semanal.
Nos primeiros negócios desta manhã, o movimento era de baixa tanto nas bolsas europeias como nos mercados futuros de ações dos Estados Unidos. Hoje, Dia de Colombo nos EUA, os mercados de títulos estarão fechados. Um dos focos de atenção dos analistas tem sido precisamente as altas taxas dos títulos de renda fixa, o que leva alguns investidores a realocarem seus recursos em ativos com menor risco.
Além disso, a disparada dos preços do petróleo, bem como de outras commodities energéticas, tem sido monitorada de perto por suas ameaças à inflação, sobretudo em um cenário de crise energética global.
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E o que está no radar do mercado?
A divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos é a estrela da agenda semanal. O mercado quer se certificar sobre o impacto dos preços de energia sobre os preços, embora seja bem possível que somente parte da disparada das matérias-primas tenha sido repassada ao consumidor final.
Nesta semana temos:
- As reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial começam em Washington. Nelas, as autoridades preparam suas análises sobre o crescimento econômico.
- Decisão política monetária e briefing do Banco da Coréia na terça-feira
- O presidente do Fed em Atlanta, Raphael Bostic, fala sobre a inflação na terça-feira
- Quarta-feira movimentada: atas do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos EUA, que podem dar pistas sobre a política monetária do Federal Reserve e sua estratégia de saída do programa de recompra de títulos. E inflação ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês).
- JPMorgan Chase & Co. dá início à temporada de relatórios na quarta-feira
- Índices de preços ao consumidor e ao produtor da China na quinta-feira
- Pedidos iniciais de desemprego nos EUA, PPI. Quinta-feira
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As bolsas na Europa se comportavam assim na manhã de hoje:
- o Stoxx 600 Europe Index operava com 0,15% de baixa, aos 456 pontos às 10h50CEST (5h50 no horário de Brasília)
- o alemão DAX caía 0,15%, para 15.183 pontos
- em Paris, o CAC 40 recuava 0,15%, para 6.550 pontos
- o londrino FTSE 100 ia na contramão e elevava-se 0,19%, aos 7.108 pontos
- o IBEX 35 recuava 0,41%, aos 8.918 pontos
Futuros de ações nos EUA
- o S&P 500 futuro caía 0,31% às 10h50CEST (5h50 no horário de Brasília) para os 4.368 pontos
- os contratos indexados ao índice Dow Jones declinavam 0,21%, aos 34.554 pontos
- os contratos futuros indexados ao índice Nasdaq declinavam 0,42%, para 14.746 pontos
Wall Street na sexta-feira
Mercados asiáticos
Os mercados na região começaram a semana com força. As ações japonesas foram impulsionadas pelos comentários do novo primeiro-ministro Fumio Kishida durante o fim de semana, de que ele não está atualmente considerando mudanças no imposto sobre ganhos de capital do país. Isso vem com apenas 20 dias restantes até as eleições gerais do país. Separadamente na China, as preocupações energéticas do país continuam com 60 das 682 minas de carvão fechadas na província de Shanxi devido a inundações, com o futuro do carvão chinês subindo +8,00% esta manhã.
Confira o comportamento de outros mercados na manhã de hoje:
Petróleo
- em Nova York, os contratos futuros de petróleo continuavam seu movimento de alta, com 2,48% de valorização às 10h50 CEST (5h50 no horário de Brasília), para US$ 81,32 por barril.
Moedas
- o euro era negociado com baixa de 0,03% a US$ 1,1572
- o iene subia 0,60%, para US$ 112,92
- a libra esterlina tinha 0,18% de alta, cotada a US$ 1,3642
Ouro
- o ouro futuro caía 0,14%, para US$ 1.755 a onça troy
Cripto
- o bitcoin subia 2,07%, para US$ 56,574 mil.
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-- Com informações da Bloomberg News