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Novos catalisadores somam-se às análises de mercados esta semana: a nova safra de balanços financeiros. Os bancos serão os primeiros a divulgar seus números. Ainda que resultados das companhias possam dar algum fôlego às bolsas, os riscos inflacionários e o ritmo de crescimento das economias globais continuam no topo da agenda semanal.
Nos primeiros negócios desta manhã, o movimento era de baixa tanto nas bolsas europeias como nos mercados futuros de ações dos Estados Unidos. Hoje, Dia de Colombo nos EUA, os mercados de títulos estarão fechados. Um dos focos de atenção dos analistas tem sido precisamente as altas taxas dos títulos de renda fixa, o que leva alguns investidores a realocarem seus recursos em ativos com menor risco.
Além disso, a disparada dos preços do petróleo, bem como de outras commodities energéticas, tem sido monitorada de perto por suas ameaças à inflação, sobretudo em um cenário de crise energética global.
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E o que está no radar do mercado?
- O índice de preços ao consumidor, amplamente seguido pelo mercado, deve ter avançado cerca de 0,3% em agosto, na comparação mensal, e 5,3% no ano, de acordo com a mediana dos economistas consultados pela Bloomberg. Já o indicador de preços ao produtor deve ter subido 8,7% na base anual.
- Enquanto isso, o Federal Reserve deve divulgar na quarta-feira (13) a ata da reunião de política monetária de setembro, durante a qual as autoridades disseram que, até o final do ano, começarão a reduzir as compras de ativos que têm como objetivo estimular a economia.
- A maioria das bolsas asiáticas fechou com forte valorização: Tóquio/Nikkei 225 com +1,60% e Hong Kong/Hang Seng com +1,96%. Xangai perdeu ligeiramente, 0,01%.
- Por aqui, na sexta-feira o Ibovespa fechou com alta de 2,03%, aos 112.833 pontos. O dólar terminou com 0,03% de alta, cotado a R$ 5,52.
Enquanto você dormia
A alta dos preços da energia está fazendo com que investidores migrem as apostas para países como a Rússia, grande exportadora de petróleo. O rublo russo subiu mais do que qualquer outra moeda emergente neste mês, impulsionado pela perspectiva de maiores receitas do petróleo, enquanto as ações do país tiveram desempenho superior à maioria dos países em desenvolvimento.
- Isso marca uma mudança abrupta de ritmo para investidores de mercados emergentes, que passaram as últimas semanas se preocupando alternadamente com a ameaça de inadimplência em cascata da crise da Evergrande na China e com a perspectiva de uma política mais rígida do Federal Reserve.
- Os leilões no mercado de energia destacaram o status da Rússia como uma superpotência de petróleo e gás. O maior exportador de energia do mundo tem mais de US$ 600 bilhões em reservas, um endividamento invejavelmente baixo e está pressionando fortemente com aumento de taxas de juros para domar a inflação.
Com isso, gestores de dinheiro como o fundo de hedge Carrhae Capital, com sede em Londres, reagiram mudando parcialmente de ações de tecnologia chinesas para empresas de energia russas no terceiro trimestre. O Wells Fargo transferiu seus investimentos da China para a Rússia. O JPMorgan Chase aumentou a posição no Russian Depositary Index, se dizendo otimista em commodities e apostas relacionadas ao petróleo no final do ano, estrategistas liderados por Davide Silvestrini, de Londres, escreveram em um relatório.
O relatório mensal da Organização dos Países de Exportadores de Petróleo será acompanhado de perto nesta semana, à medida que os investidores buscam mais pistas sobre as perspectivas para essa indústria.
Importante saber
- Os economistas do Goldman Sachs cortaram a previsões para o crescimento dos EUA neste ano e no próximo, responsabilizando a recuperação lenta dos gastos do consumidor. A equipe de economistas, liderada por Jan Hatzius, disse em um relatório neste domingo que agora espera um crescimento de 5,6% na base anual em 2021, contra a estimativa anterior de 5,7%, e de 4% em 2022, ante 4,4%.
- A Petrobras anunciou na sexta-feira (8) reajuste de 7,2% nos preços da gasolina e do gás de cozinha em suas refinarias. Segundo a empresa, o litro da gasolina vendida nas refinarias para de R$ 2,78 para R$ 2,98. Já o quilo do gás de cozinha passará de R$ 3,60 para R$ 3,86. Um botijão de 13 quilos necessários sairá da refinaria custando R$ 50,15.
- O primeiro-ministro da Áustria, Sebastian Kurz, renunciou neste sábado (9) frente a acusações de corrupção. Em uma entrevista na televisão, Kurz pediu ao presidente austríaco que nomeasse um novo chanceler. Ele disse que o governo havia chegado a uma “situação de impasse” com a oposição posicionada contra ele.
Destaques da Bloomberg Línea
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Opinião Bloomberg
Após um longo período de isolamento devido à pandemia, as viagens internacionais vem aumentando de forma constante, e os países estão permitindo a entrada de turistas vacinados. Em agosto, a demanda por voos internacionais ainda estava 69% menor que em 2019, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo.
Agenda do dia
- Indicadores Brasil: IPC-Fipe da 1ª quadrissemana de outubro; Pesquisa Focus (8h25)
- Indicadores EUA: Não há nenhum indicador relevante agendado para hoje
- Lembrando que amanhã é feriado no Brasil e os mercados estarão fechados - ainda que um feriado seja algo difícil de esquecer.
Mas nesta semana também temos:
- As reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial começam em Washington. Nelas, as autoridades preparam suas análises sobre o crescimento econômico.
- Decisão política monetária e briefing do Banco da Coréia na terça-feira
- O presidente do Fed em Atlanta, Raphael Bostic, fala sobre a inflação na terça-feira
- Quarta-feira movimentada: atas do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos EUA, que podem dar pistas sobre a política monetária do Federal Reserve e sua estratégia de saída do programa de recompra de títulos. E inflação ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês).
- JPMorgan Chase & Co. dá início à temporada de relatórios na quarta-feira
- Índices de preços ao consumidor e ao produtor da China na quinta-feira
- Pedidos iniciais de desemprego nos EUA, PPI. Quinta-feira
Pra não ficar de fora
Se por um lado a pandemia acelerou a transformação digital nas empresas, por outro significou maior exposição a ataques cibernéticos. Você sabia que os ciberataques podem gerar prejuízos superiores a US$ 6 trilhões neste ano, o dobro dos números de 2015? Em 2025, as perdas devem ultrapassar US$ 10,5 trilhões em todo o mundo, o que representaria a maior transferência de riqueza econômica da história, ameaçando investimentos e incentivos à inovação.
Aqui você encontra conselhos para minimizar riscos de ataques cibernéticos, segundo especialista em segurança.
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