Ausente desde 2016, a inflação voltou a ultrapassar dois dígitos em 12 meses na medição do IBGE neste mês de setembro: 10,25% no país. Os drives que empurraram a pressão inflacionária para o seu pior momento nos últimos anos são conhecidos: energia elétrica (6,47% no mês) – em setembro, passou a valer a bandeira escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos – e o gás de cozinha (3,91% no mês e 34,67% nos últimos 12 meses).
Mas, segundo os dados do IBGE, nem todos os brasileiros sentem os efeitos da inflação da mesma forma. Além do óbvio recorte social, pessoas no topo da pirâmide social não são afetadas pela alta dos alimentos ou de insumos residenciais da mesma forma do que os mais pobres, a inflação é pior em algumas regiões do país do que em outras.
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O gráfico abaixo traz os dados da inflação acumulada nos últimos 12 meses nas capitais em que é feita a pesquisa do IBGE. O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília, no Distrito Federal.
Registraram inflação maior que a média nacional nos últimos 12 meses as seguintes cidades:
Curitiba (PR): 13,01%
Rio Branco (AC): 12,37%
Vitória (ES): 11,52%
Também subiram acima da média nacional (10,25%) nos últimos 12 meses os custos para viver seguintes capitais:
Porto Alegre (RS): 11,35%
São Luís (MA): 11,27%
Campo Grande (MS): 11,25%
Fortaleza (CE): 11,19%
Belo Horizonte (MG): 10,30%
Goiânia (GO): 10,29%
Ficaram abaixo da média nacional nos últimos 12 meses:
Recife: 10,00%
Belém: 9,86%
São Paulo: 9,73%
Salvador: 9,54%
Aracaju (SE): 9,29%
Rio de Janeiro (RJ): 8,74%
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