Barcelona, Espanha — Agora é certo: os senadores democratas e republicanos finalmente chegaram a um acordo para aumentar em US$ 480 bilhões o teto da dívida os Estados Unidos até o início de dezembro. Apesar de ser um alívio de curta duração, a medida elimina um foco de preocupação nos mercados internacionais.
O aumento do limite da dívida, que aliviaria o risco imediato de um calote, ainda precisa de uma votação na Câmara, que deve analisar o caso na próxima semana. Mas o mercado comemora o fato de ter uma apreensão a menos em sua agenda – pelo menos até as próximas oito semanas. Ainda assim, os investidores devem trabalhar de forma reticente. Os primeiros negócios do dia nas bolsas europeias e com futuros de índices nos Estados Unidos mostram alguma volatilidade, com índices caminhando em direções contrárias.
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E o que está no radar do mercado?
- Os dados sobre o desemprego e a criação de vagas nos Estados Unidos, que serão divulgados hoje pelo Departamento do Trabalho. Os números podem indicar ao mercado os cenários possíveis para a política monetária que será aplicada pelo Federal Reserve.
- O movimento dos preços de matérias-primas energéticas como o petróleo, o gás natural e o carvão. Ontem, os preços do gás exibiram uma queda superior a 10% na Europa, refletindo os sinais de que a Rússia poderia fornecer mais gás para o continente.
Em contexto: Os efeitos da disparada de preços nas últimas semanas já começam a aparecer na inflação. Um aumento desmesurado nos preços destas commodities poderia prejudicar a recuperação econômica global e afetar negativamente a renda disponível das famílias e as margens de lucro corporativas.
- A toada dos bancos centrais mundiais: quando reduzirão seus programas de recompra de títulos – medida que ajudou a estimular suas economias – e como equalizarão as taxas de juros? Ontem o Banco Central Europeu (BCE) divulgou a ata de sua reunião de setembro, onde o principal destaque foi que a maioria dos membros expressou que a previsão de inflação para 2023 (1,5%) é muito baixa. Houve diferentes opiniões sobre como calibrar as compras de ativos do programa emergencial do BCE, sendo que alguns membros declararam sua preferência por uma atuação “mais substancial”.
- O rendimento dos bônus do Tesouro norte-americano de 10 anos alcançou o nível mais alto desde junho. Parte da volatilidade no mercado de renda variável nas últimas semanas tem a ver com a necessidade de as bolsas aprenderem a conviver com taxas juros dos títulos mais caras e commodities a um preço mais elevado.
As bolsas na Europa se comportavam assim na manhã de hoje:
- o Stoxx 600 Europe Index operava com 0,28% de baixa, aos 457 pontos às 10h15 CEST (5h15 no horário de Brasília)
- o alemão DAX caía 0,26%, para 15.210 pontos
- em Paris, o CAC 40 recuava 0,21%, para 6.586 pontos
- o londrino FTSE 100 elevava-se 0,08%, aos 7.083 pontos
- o IBEX 35 ganhava 0,18%, aos 8.977 pontos
Futuros de ações nos EUA
- o S&P 500 futuro caía ligeiramente 0,04% às 10h15 CEST (5h15 no horário de Brasília) para os 4.388 pontos
- os contratos indexados ao índice Dow Jones ganhavam 0,05%, aos 34.655 pontos
- os contratos futuros indexados ao índice Nasdaq declinavam 0,18%, para 14.854 pontos
Como fechou Wall Street ontem
O S&P 500 terminou com 0,83% de alta, aos 4.399 pontos. O Dow Jones Industrial avançou 0,98%, somando 34.754 pontos. Já o Nasdaq valorizou-se 1,05%, totalizando 14.654 pontos.
Mercados asiáticos
Depois de uma semana fechada por feriado, a bolsa de Shangai voltou à ativa e fechou em alta de 0,67%, aos 3.592 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng terminou com 0,35% de alta, aos 24.788 pontos. No Japão, Nikkei 225 subiu 1,34%, situando-se aos 28.048 pontos.
Confira o comportamento de outros mercados na manhã de hoje:
Petróleo
- em Nova York, os contratos futuros de petróleo subiam 1,57% às 10h15 CEST (5h15 no horário de Brasília), para US$ 79,52 por barril.
Moedas
- o euro era negociado com baixa de 0,07% a US$ 1,1545
- o iene subia 0,30%, para US$ 111,98
- a libra esterlina tinha 0,19% de queda, cotada a US$ 1,3590
Ouro
- o ouro futuro caía 0,20%, para US$ 1.755 a onça troy
Cripto
- o bitcoin subia 2,06%, para US$ 55,320 mil.
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-- Com informações da Bloomberg News
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