Smart Fit registra 4º mês consecutivo de retomada das academias

Maior rede de academias do Brasil não fechou nenhuma unidade no mês passado e aumentou média de novos clientes

Smart Fit, que teve prejuízo no primeiro semestre com a segunda onda de Covid-19 no Brasil, divulga dados positivos de vendas em setembro
07 de Outubro, 2021 | 03:57 PM

São Paulo — Ao divulgar, nesta quinta-feira (7), seus indicadores operacionais, a Smart Fit, maior rede de academias do Brasil, considerou setembro como o quarto mês consecutivo de retomada do segmento fitness. As vendas cresceram 7% em relação a agosto, marcando a melhor performance desde o início da pandemia da Covid-19, em março do ano passado.

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Após o anúncio dos dados ao mercado, a ação da empresa (SMFT3) sobe 3,19%, cotada a R$ 24,88, saindo de uma mínima de R$ 24,03 (-0,33%) para uma máxima de R$ 24,89 (+3,23%). Quando estreou na Bolsa em julho, o papel foi fixado em R$ 24 na oferta inicial (IPO).

“Em razão da diminuição das restrições impostas pelos órgãos públicos locais onde a companhia opera, 100% das unidades continuaram abertas em setembro”, informou o diretor financeiro e de relações com investidores da Smart Fit, Thiago Lima Borges.

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A companhia terminou o mês passado com 1.009 academias abertas e 2,332 milhões de clientes de suas três marcas (Smart Fit, Bio Ritmo e 02), além de 11 unidades de microgyms (micro academias, que oferecem aulas rápidas e específicas, sem necessidade de plano fixo). O dado inclui unidades próprias (781) e franquias (228) espalhadas pelo Brasil, México e outros países da América Latina.

A Smart Fit informou que adicionou uma média de 151 clientes por academia em setembro, 36% acima dos 110 em agosto, considerando esse desempenho como resultado da crescente mobilidade urbana. No total, a companhia registrou um aumento de 156 mil clientes no mês passado, crescimento de 7% em relação ao mês anterior.

Concorrente

No segundo trimestre, a companhia teve um prejuízo de R$ 161,2 milhões, uma redução de 36% em relação a igual período do ano passado (R$ 252,8 milhões). Ao comentar o resultado negativo, a empresa culpou a pandemia, cuja segunda onda de casos no Brasil obrigou o fechamento de 65% de suas unidades a partir do fim de março.

Sua rival, a Bluefit, chegou a marcar a data de estreia de suas ações, mas acabou engavetando sua oferta inicial (IPO) no mês passado devido à piora das condições de mercado. A companhia se recusou a fixar o preço do papel por um valor muito abaixo da faixa indicativa (entre R$ 12,25 e R$ 15,25).

Fundada em 2015 em Santo André, na Grande São Paulo, a Bluefit (que até 2016, adotava a marca Health Place) informou, em agosto, no prospecto de seu IPO, ter 102 academias em operação, sendo 61 unidades próprias e 41 franquias, em 15 estados, além do Distrito Federal, em mais de 50 cidades nas cinco regiões do país.

A concorrente da Smart Fit contratou a XP para coordenar seu IPO, com o objetivo de levantar recursos para abertura de novas filiais pelo Brasil, e pela aquisição de novas franquias.

Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 29 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.