Google não vai mais financiar conteúdo que negue mudança climática

Nova proibição se aplica a comerciais que a empresa coloca online, bem como a sites e vídeos do YouTube que exibem anúncios

Por

Bloomberg — O Google, da Alphabet Inc., vai proibir anúncios e parar de financiar conteúdos midiáticos que neguem o consenso científico sobre as mudanças climáticas, outra tentativa da gigante da Internet de erradicar conspirações ambientais que alimenta há anos.

A nova proibição se aplica a comerciais que a empresa coloca online, bem como a sites e vídeos do YouTube que exibem anúncios do Google. Inclui qualquer conteúdo que negue as contribuições humanas para o aquecimento global ou trate “a mudança climática como uma farsa ou fraude”, disse o Google em uma postagem de blog na quinta-feira.

Veja mais: Google abandona planos de incluir contas bancárias em nova versão de aplicativo

O Google, o maior vendedor de anúncios digitais, tem sido criticado por permitir que empresas que buscam desmascarar ou negar as mudanças climáticas comprem anúncios de busca. No YouTube, de propriedade do Google, vídeos imprecisos sobre o clima receberam mais de 21 milhões de visualizações e veicularam anúncios com frequência, de acordo com uma pesquisa de 2020 da organização sem fins lucrativos Avaaz . Esse relatório provocou uma repreensão do Congresso ao Google, que, de outra forma, elogiou seu histórico ambiental.

No início desta semana, o Google lançou vários recursos ecológicos para pesquisa, mapas e outros serviços. Nos últimos anos, o YouTube tentou parar de recomendar negadores do clima aos espectadores. O Facebook deu passos semelhantes em suas plataformas.

Veja mais: Google adiciona contexto a resultados de pesquisa para combater desinformação

Para a nova regra de anúncios, o Google disse que consultou especialistas por trás do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas. A empresa começará a aplicar a proibição em novembro.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também

Brasil sai da lista vermelha para entrada no Reino Unido

Investidora bilionária ensina finanças para mulheres com poker online

Quem são os nomes mais influentes do agro na lista 500 da AL?