São Paulo — A operadora e agência de viagens CVC ainda não se recuperou do ataque hacker sofrido no último sábado (2). A companhia informou, nesta quinta-feira (7), que “alguns de seus sistemas permanecem interrompidos, afetando adversamente as suas operações”. As ações da empresa acumulam queda de 7,14% em 7 dias.
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Em comunicado, a CVC diz que tem “atuado de forma diligente para mitigar os efeitos causados” pelo ataque de ransoware sofrido em seu ambiente de tecnologia. Esse trabalho é realizado, segundo ela, com seus assessores especializados em tecnologia e em segurança da informação.
A companhia afirma ainda estar “empenhada em apurar a extensão do incidente, limitar os danos causados e restabelecer o pleno funcionamento do ambiente de tecnologia”, mas reconheceu que “ainda restam importantes etapas para a retomada da operação”.
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O incidente de cibersegurança atinge a empresa em um momento decisivo para o setor de turismo, que expressa otimismo com o movimento de retomada das vendas de pacotes para o fim do ano, com o retorno dos voos internacionais após o fim das restrições impostas pela pandemia da Covid-19.
A CVC, um dos maiores grupos de viagens da América Latina, iniciou o segundo semestre prevendo um período “forte” e “consistente” de aumento das vendas, com cerca de 1.200 lojas funcionando, depois de registrar um prejuízo de R$ 171 milhões no segundo trimestre deste ano.
A companhia tinha feito uma previsão otimista para o resultado do terceiro trimestre, após a redução dos pagamentos de reembolsos com a maior oferta de pacotes. “Este vai ser o melhor trimestre da pandemia”, disse o CEO da companhia, Leonel Andrade, em teleconferência para comentar o balanço no dia 16 de agosto.