Veolia inicia produção de energia com biogás em três aterros sanitários no Brasil

Energia elétrica gerada pela decomposição de resíduos orgânicos é suficiente para abastecer cidade de 42 mil habitantes

Energias alternativas para reduzir gases de efeito estufa
06 de Outubro, 2021 | 03:54 PM

São Paulo — A Veolia, empresa francesa de gestão de água, resíduos e energia, iniciou nesta quarta a operação de três novas termelétricas no Brasil a partir de biogás de aterros sanitários. As novas usinas ficam em Iperó, próximo a Sorocaba (São Paulo), São Paulo e Biguaçu (SC).

Segundo a empresa, as três unidades têm capacidade de gerar 12.400 kW, o suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 42 mil pessoas.

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A geração de eletricidade por meio de biogás - proveniente de resíduos orgânicos de origem animal, vegatal e industrial - é considerado mais ecologicamente correto do que por fontes fósseis. Ela também oferece uma fonte estável e previsível de fornecimento de energia, segundo a empresa.

Para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, a Veolia aposta no biogás dos aterros para aumentar a oferta de energia limpa. Entre os planos da empresa está ainda a produção de biometano para uso na rede de gás ou como combustível para automóveis.

“A crise hídrica no Brasil deve acelerar a busca de modelos alternativos de geração. Acreditamos que será cada vez mais necessário pensar em fontes estáveis de energia renovável em indústrias e cidades como o biogás”, disse Pedro Prádanos, CEO da Veolia Brasil.

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Segundo a empresa, a geração de energia por meio do biogás permite ainda fomentar a chamada economia circular e deixar de emitir 45 mil toneladas de metano na atmosfera - equivalente a 1,26 milhões de toneladas de gás carbônico. Os projetos são monitorados pelo MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) da UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change), que certifica a redução efetiva dos gases de efeito estufa.

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Toni Sciarretta

News director da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista com mais de 20 anos de experiência na cobertura diária de finanças, mercados e empresas abertas. Trabalhou no Valor Econômico e na Folha de S.Paulo. Foi bolsista do programa de jornalismo da Universidade de Michigan.