O que mudou desde que a área de Investimentos do Itaú adotou a metodologia ágil de trabalho

Adotada em outubro de 2018 pela área de Investimentos do Itaú, a metodologia ágil foi responsável pela profunda transformação digital e cultural dos times que se dedicam a entregar soluções e experiências cada vez mais relevantes aos clientes investidores do banco.

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Nos relógios de rua, nas Redes Sociais, na TV aberta, quem acompanha o mercado financeiro provavelmente já reparou nas propagandas do íon Itaú, o novo app de investimentos do maior banco privado da América Latina. O que muitos não sabem é que, por trás do lançamento desse “novo jeito de investir”, teve um “novo jeito de trabalhar”. Adotada em outubro de 2018 pela área de Investimentos do Itaú, a metodologia ágil foi responsável pela profunda transformação digital e cultural dos times que se dedicam a entregar soluções e experiências cada vez mais relevantes aos clientes investidores do banco.

A metodologia ágil tem uma vasta bibliografia, mas, de maneira geral, ela é caracterizada por definições de prioridades estratégicas, times multidisciplinares (squads) com autonomia para encontrar e trabalhar em soluções, ciclos curtos de entrega, muita análise de dados, foco em resultados (e não no número de entregas) e tolerância ao erro.

O diretor de Produtos e Soluções de Investimentos do Itaú, Claudio Sanches, conta que, quando a metodologia ágil foi implementada na área, havia muitos exemplos de empresas que já trabalhavam assim, mas a maioria delas era puramente de tecnologia ou eram bem menores do que a área de Investimento do Itaú.

“Foi uma transformação cultural enorme, inclusive para nós da liderança, e esse processo não tem fim. O modelo ágil exige muita disciplina de planejamento e execução para que os times possam rodar com total autonomia. Posso dizer, depois desses três anos, que entendo muito mais do dia a dia do negócio e dos impeditivos. Percebo também que, independentemente do cargo, as pessoas se sentem mais parte da solução”, observa o diretor.

Desde 2018, o número de squads da área de Investimentos do Itaú pulou de 50 para 89. Hoje são mais de 700 colaboradores no que o banco chama de “Comunidade Soluções de Investimentos”. O número salta para mais de mil pessoas se forem considerados profissionais terceiros que trabalham em parceria com a área.

Um dos fatores que chamam atenção é que não há distinção entre pessoas “de tecnologia” ou “de negócio”, a estrutura de comunidade integrou totalmente pessoas de diferentes especialidades. Todas elas, portanto, são de “negócios de investimentos”.

“Essa diversidade cognitiva nas squads é o que faz com que a gente consiga entender o problema dos clientes no detalhe, por diferentes perspectivas, e atuar na busca por soluções com os recursos disponíveis”, explica Sanches.

Os métodos para entender as dores e anseios dos investidores também evoluíram muito desde 2018. Segundo Sanches, a área de Investimentos, em parceria com Marketing, investiu massivamente em pesquisas, com ênfase nas qualitativas: “Essas entrevistas profundas com clientes e não clientes foram o norte para muitas das soluções que lançamos no mercado recentemente, como o agregador de investimentos dentro do íon.”

Na feature citada por Sanches, a pessoa que usa o aplicativo íon Itaú consegue ver em um único painel as carteiras de até nove bancos e corretoras em que tenha investimentos. “Era uma dor dos nossos clientes. Perdia-se muito tempo pulando de app em app para consultar o dinheiro que ela ou ele tinham investido em outros lugares. Foi aí que priorizamos o desenvolvimento dessa funcionalidade”.

Segundo Sanches, a evolução e priorização de features do app íon Itaú é norteada pelo feedback dos clientes investidores que já estão usando o app. “O íon nunca estará 100% pronto, porque ele estará sempre em evolução”, reforça o diretor.

Houve muita pesquisa com clientes para desenhar a versão do app que está disponível para download desde o começo de setembro. E é isso que explica a vitrine de produtos de investimentos do Itaú e de terceiros estar em formato “Netflix” (Últimos Lançamentos, Maiores Rentabilidades, Mais Buscados) e as notícias do mercado financeiro estarem disponíveis em formato de stories, dentro do próprio app. “Queremos que as pessoas alcancem seus objetivos e realizem seus sonhos mais rápido. Investimento é um meio e nunca um fim, e é com esse propósito muito claro que estamos animados pelo que ainda está por vir”, concluiu Sanches.