Bloomberg — Em agosto, a corretora israelense eToro contratou Lule Demmissie, ex-diretora de gestão de patrimônio da TD Ameritrade e, mais recentemente, presidente da Ally Invest, para liderar sua crescente presença nos Estados Unidos. Demmissie, que se mudou da Etiópia para os EUA quando era adolescente, tem muito trabalho pela frente.
A empresa fundada há 13 anos e com 23 milhões de usuários globais entra em um mercado muito disputado, tentando atrair os mesmos jovens investidores de varejo como Coinbase Global, Robinhood Markets, Charles Schwab e muitas outras. O que diferencia a eToro, diz Demmissie, é que a empresa combina redes sociais e investimento, permitindo que os usuários imitem os portfólios de seus influenciadores favoritos. Pode ser difícil convencer reguladores da estratégia, que apertam o cerco contra o setor, especialmente contra corretoras que buscam a “gamificação” dos investimentos.
Atualmente, a eToro oferece a investidores dos EUA apenas produtos de criptomoedas, mas planeja incluir ações até o fim do ano e a chamada ferramenta de “copy-trading” logo depois. Também planeja abrir o capital por meio de uma empresa de aquisição de propósito específico, ou SPAC na sigla em inglês, e pode buscar uma listagem na Nasdaq até o fim do ano. Os negócios da empresa nas Américas totalizaram 12% das contas financiadas no final do segundo trimestre em relação a 6% no mesmo período do ano passado.
Demmissie, de 47 anos, trabalha com uma equipe com sede em Hoboken, Nova Jersey, onde fica dois dias por semana. O resto do tempo trabalha em sua casa no Brooklyn.
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