Nos EUA, quem saiu ganhando com o apagão do Facebook foi o Snapchat

Interrupção dos serviços, como Whatsapp e Instagram, na segunda-feira (4) gerou prejuízos para o Facebook e levaram milhões de usuários a concorrentes

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Bloomberg — O uso do Snapchat aumentou mais de 20% depois que os serviços do Facebook ficaram fora do ar por seis horas na segunda-feira (4), sendo o maior vencedor entre os aplicativos rivais durante a pior paralisação da gigante das mídias sociais dos Estados Unidos em anos.

O Facebook culpou as falhas de configuração de rede pela imobilização de uma gama de aplicativos, desde o Messenger até o Instagram, e pela debandada alguns de seus 2,7 bilhões de usuários diários para concorrentes. O Snap teve um aumento de 23% no tempo gasto em seu aplicativo para Android na segunda-feira (4) em comparação com o mesmo dia da semana anterior, segundo dados da Sensor Tower compartilhados com a Bloomberg News. A movimentação levou ao aumento da atividade em aplicativos como o Telegram, Signal, Twitter e TikTok na segunda-feira (4), disse a pesquisadora.

A interrupção do serviço, que o Facebook atribuiu a uma alteração na configuração da rede, atingiu pequenas empresas e deu munição a críticos e legisladores que argumentavam que a empresa se tornou um monopólio pesado que deveria ser reduzido.

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O fundador do Telegram, Pavel Durov, disse que seu aplicativo teve 70 milhões de novos usuários e estabeleceu novas altas em registros e atividades na segunda-feira (4). Na App Store do iPhone, o aplicativo chegou ao topo da lista de mais baixados em 40 mercados; na Polônia o Signal foi o número 1 e esteve no top 10 em 35 mercados, afirmou a Sensor Tower.

Alternativas como o Telegram, que possui aparência e funcionalidade semelhantes ao WhatsApp, geralmente recebem milhões de novos usuários toda vez que o aplicativo de troca de mensagens mais popular do mundo sofre uma interrupção significativa, embora muitos retornem rapidamente ao aplicativo do Facebook assim que este volta ao ar.

“Passamos as últimas 24 horas discutindo como podemos fortalecer nossos sistemas contra esse tipo de falha”, escreveu o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, em nota aos funcionários na terça-feira. “A maior preocupação com um apagão como esse não é quantas pessoas migram para serviços da concorrência ou quanto dinheiro perdemos, mas o que isso significa para as pessoas que dependem de nossos serviços”.

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