Bloomberg — Monika Bickert, vice-presidente de políticas de conteúdo do Facebook, diz que a gigante de redes sociais ainda precisa ter uma “conversa séria” com parlamentares e reguladores sobre um padrão de regras para o policiamento de conteúdo online.
A executiva contestou as alegações feitas em audiência no Congresso por uma ex-funcionária do Facebook, segundo a qual a empresa prioriza o lucro em vez da segurança. “Não é verdade”, afirmou Bickert.
“Eu não estaria nesta empresa por tanto tempo se esta companhia não priorizasse a segurança”, disse Bickert na terça-feira (5) em entrevista à Bloomberg Television, acrescentando que tem trabalhado em políticas e conteúdo no Facebook há nove anos. “Formuladores de políticas e reguladores precisam descobrir uma maneira de garantir a responsabilização. Quais padrões as empresas precisam atingir neste setor?”
O Facebook e as ações da rede social estão sob pressão desde que a ex-gerente de produtos Frances Haugen forneceu milhares de documentos internos ao Wall Street Journal, que os usou como base para uma série de reportagens sobre os riscos e danos dos serviços da companhia. Ontem (5), senadores revisaram as denúncias em audiência no Capitólio.
A empresa também enfrenta as consequências da queda de suas plataformas na segunda-feira (4), que atribuiu a uma mudança na configuração de rede.
As ações do Facebook fecharam em alta de 2,1%, cotadas a US$ 332,96 na terça-feira em Nova York. Os papéis caíram 4,9% na segunda-feira, a maior queda desde novembro do ano passado, após as denúncias e interrupção do serviço.
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