Bloomberg — O espírito animal está de volta e impulsiona o Bitcoin, que subiu mais de 30% nos últimos sete dias para o nível mais alto desde maio.
O rali contrasta com o desempenho modesto de ativos tradicionais como ações, títulos e ouro em um período de volatilidade alimentado por sinais de avanço da inflação e desaceleração do crescimento econômico. Na quarta-feira, o Bitcoin chegou a subir mais de 8% para US$ 55.274, pouco mais de US$ 9.000 abaixo da máxima atingida em meados de abril. Pouco antes das 18h (19h em Brasília), a moeda estava sendo negociada a US$ 54,903 mil.
O bitcoin avança apesar da proibição de transações com criptomoedas na China e de seu lançamento conturbado como moeda oficial em El Salvador. Os otimistas apontam para a forma como as criptomoedas parecem ganhar força em Wall Street como uma classe de ativos independente, bem como comentários de reguladores dos EUA que reduziram o receio de uma supervisão mais rigorosa.
Investidores que apostam no token mostraram “incrível resiliência” e “máximas não parecem muito longe”, segundo relatório de Craig Erlam, analista de mercado sênior da Oanda.
Outras moedas digitais também ganham: ether, binance coin, solana e dogecoin registram forte alta nos últimos sete dias, segundo o rastreador CoinGecko. Os volumes de negociação do bitcoin estão cerca de 65% acima do ether desde o início de outubro, de acordo com a bolsa de criptomoedas Kraken.
Agora que o bitcoin ultrapassou US$ 50 mil, “esperamos que esse rali leve a moeda para perto de máximas durante o quarto trimestre”, disse Leah Wald, diretora-presidente da Valkyrie Investments, empresa especializada em gestão de ativos alternativos, em vídeo do Bloomberg QuickTake.
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