Bloomberg — França, Espanha e três outros países europeus pediram ao bloco que tome medidas urgentes para amortecer o golpe da disparada dos preços do gás - e investigue sua causa.
Os ministros das Finanças da França, Espanha, Grécia, República Tcheca e Romênia emitiram uma declaração conjunta pedindo à União Europeia que desenvolvesse um kit de instrumentos para “reagir imediatamente a picos dramáticos de preços”. Eles pediram uma investigação sobre o mercado de gás, disseram que o bloco deveria coordenar as compras para “aumentar nosso poder de barganha” e pediram uma revisão dos mercados de energia.
Os governos europeus estão lutando para reagir a um aumento dramático nos preços do gás, que ameaça mergulhar os cidadãos numa crise energética, aumentar a inflação e reduzir a recuperação pós-pandemia. A alta nos preços deixa os governos esperando por um clima ameno e gastando quantias cada vez maiores de dinheiro público para amenizar o impacto sobre os consumidores.
Os aumentos nos preços da energia já estão alimentando os mercados de títulos - com o custo dos empréstimos do Reino Unido subindo na terça-feira, à medida que os preços do gás natural atingem novos recordes - e há uma preocupação crescente de que a indústria enfrentará paralisações se os preços continuarem subindo.
A crise também representa um risco para os planos dos legisladores europeus de estimular o bloco na direção de uma energia mais limpa, enquanto os países estão divididos em uma solução possível: trazer mais gás da Rússia.
A Comissão Europeia, braço executivo do bloco, deve publicar na próxima semana um conjunto de medidas que os governos nacionais podem tomar para amenizar o impacto dos preços elevados. Oferecerá orientações sobre como conceber respostas de emergência para garantir que estão em conformidade com a legislação da UE e não prejudicam a mudança líder mundial para uma energia mais verde.
Os cinco governos pediram:
- Uma abordagem comum da UE e um kit de instrumentos para responder aos desafios;
- Uma investigação para entender por que os atuais contratos de gás têm sido insuficientes;
- Uma reforma do mercado atacadista de energia;
- Independência de energia; diversificação;
- Um preço de carbono mais previsível e menos volatilidade
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