Para 42% dos brasileiros, não dá para passar um dia sem redes sociais

Nova pesquisa da Ding sobre o mercado pré-pago de telefonia mostra o Brasil como nação amiga das redes sociais

São Paulo — A pane global das redes sociais WhatsApp, Facebook e Instragram castiga mais os internautas do Brasil. Uma pesquisa inédita, a ser divulgada oficialmente nesta terça e antecipada pela Bloomberg Línea, aponta que 42% dos brasileiros entrevistados disseram que não conseguem passar um dia sem acesso às redes sociais. Em relação aos aplicativos mais populares, o WhatsApp se destaca como o aplicativo mais usado no Brasil (85%). É seguido por Instagram (76%) e Facebook Messenger (65%).

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A pesquisa global, conduzida em setembro, foi encomendada pela Ding, empresa fundada em Dublin (Irlanda) que fornece serviço de recarga de celular para mais de 550 operadoras em mais de 140 países. O estudo considerou as opiniões de 6.250 entrevistados em oito mercados principais: Brasil, México, Índia, Indonésia, Filipinas, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Alemanha e Nigéria.

A segunda edição da pesquisa Índice Pré-pago Global da Ding mostra a dependência dos brasileiros aos meios digitais comparada a outras nações. Independentemente da situação econômica, os celulares foram citados como a primeira coisa que os brasileiros não podiam passar um dia sem utilizar: a afirmação foi feita por sete em cada dez entrevistados (68%). Isso é maior que falar com a família (54%), navegar nas redes sociais (42%) ou falar com amigos (26%).

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O estudo constatou que há um alto nível de confiança nas plataformas de mídia social no Brasil (80%), com o país ocupando a 4ª posição em todos os mercados apurados, atrás da Indonésia (85%), Nigéria (82%) e Filipinas (81%).

Pré-pagos

os produtos pré-pagos continuam sendo a opção preferida dos brasileiros, pois ajudam a administrar melhor as finanças, indicou o levantamento. O Brasil está entre os maiores usuários de serviços de telefonia pré-pagos em todo o mundo, quando comparados às outras grandes economias em desenvolvimento, de acordo com a segunda edição do Índice Pré-pago Global da Ding.

A pesquisa apontou que 86% dos brasileiros usaram o serviço pré-pago, atrás apenas da Arábia Saudita (89%), entre os países pesquisados. Isso é maior que os 82% encontrados para usar serviços pré-pagos no México, relevante no mercado latino-americano.

“O Brasil mostra uma preferência massiva por opções de celular pré-pago”, disse o fundador e presidente-executivo da Ding, Mark Roden. “A flexibilidade oferecida pelos serviços pré-pagos é muito mais atraente para a maioria do mercado brasileiro do que as caras opções de contratos de longo prazo”.

De acordo com o estudo, as principais razões que os brasileiros citaram ao optar pelo pré-pago foi que isso os ajudava a fazer um orçamento melhor (37%) e que eles queriam pagar apenas pelo que usavam ou precisavam (35%).

Isso pode estar ligado a uma crise de confiança quando se trata de estabilidade econômica, como constatou a pesquisa. Apenas 28% dos brasileiros se sentem positivos em relação à economia brasileira. Os entrevistados estão também menos otimistas sobre o futuro de sua economia nos próximos 6 meses comparados a outras nações.

Inadimplência

O formato pré-pago permite que as pessoas tenham maior controle sobre suas finanças”, diz Roden. Por outro lado, isso também reflete como as pessoas se organizam em relação à vida financeira, em um momento em que o número de inadimplentes no Brasil aumentou devido à crise econômica.

O estudo também descobriu que os brasileiros continuam a ser uma das principais nacionalidades no mundo inteiro a enviar e receber recarga de amigos e familiares. Seis em cada dez (59%) brasileiros enviaram ou receberam recargas pré-pagas nos últimos seis meses, com 29% enviando e 36% recebendo diariamente ou semanalmente.

“É evidente, a partir de nosso estudo, que enviar e receber recarga é uma tendência importante, pois as pessoas permanecem conectadas. Esperamos que o uso desses serviços continue crescendo à medida que o mundo continua se movimentando online, onde precisamos de nossos telefones não apenas para falar uns com os outros, mas para administrar nossas vidas”, afirma Roden.

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