Bloomberg — A onda recorde de fusões e aquisições globais está só começando, de acordo com um dos principais executivos do Deutsche Bank na área.
“Vejo a atividade atual como o início de um ciclo ascendente de vários anos em fusões e aquisições”, disse em entrevista Berthold Fuerst, corresponsável global da unidade de fusões e aquisições do banco alemão. “O que vejo é uma atividade elevada nos próximos anos.”
O valor dos acordos globais encerrou o terceiro trimestre em US$ 3,8 trilhões, segundo dados da Bloomberg. Com isso, o volume em 2021 está a apenas algumas centenas de bilhões de dólares de ultrapassar o recorde anual de US$ 4,1 trilhões estabelecido em 2007.
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As transações em tecnologia lideram à medida que empresas de todos os setores adaptam seus negócios para a era digital. Esse objetivo de obter acesso à tecnologia disruptiva por meio de aquisições tem estimulado a atividade na faixa de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões, uma tendência que deve se manter, segundo Fuerst.
Ele destaca que a confiança na busca por fusões e aquisições continua alta entre conselhos de administração, apesar da perspectiva de redução do estímulo de bancos centrais, aumento das taxas de juros e efeitos indiretos da pandemia, como choques nas cadeias de suprimentos globais.
Outro fator é o foco do mundo corporativo na melhoria dos padrões ambientais, sociais e de governança, ou ESG na sigla em inglês, inclusive por meio da transição para formas mais verdes de energia. Na semana passada, o Deutsche Bank nomeou Khaled Fathallah para liderar um novo grupo de transição energética.
“O complexo ESG está alimentando o mercado de fusões e aquisições”, disse Fuerst. “Novos mercados estão surgindo. É uma oportunidade para as empresas reinvestirem e realocarem capital em áreas que estão mais em conformidade com o ESG.”
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