CEOs de áreas globais se reúnem sob cenário incerto para viagens

Reunião presencial terá representantes da American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines

Companhias aéreas registraram alta no número de passageiros em setembro
Por Mary Schlangenstein e Justin Bachman
01 de Outubro, 2021 | 02:02 PM

Bloomberg — Os principais executivos de companhias aéreas do mundo todo se reunirão na próxima semana para o primeiro encontro presencial em mais de dois anos, mesmo com a tão esperada retomada das viagens corporativas globais ainda distante.

A assembleia geral anual da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês), que foi realizada virtualmente em 2020, começa no domingo em Boston. Líderes de companhias aéreas pretendem comparecer pessoalmente para comprovar a segurança das viagens de negócios. É parte de uma iniciativa para recuperar um segmento altamente rentável, afetado pelas incertezas em torno dos planos de volta aos escritórios.

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Conferências semelhantes em outros setores foram canceladas ou realizadas via webcasts. Mas a solução não vale para uma indústria que precisa reverter esse quadro.

“Acreditamos que é vital fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para nos encontrarmos cara a cara como setor”, disse no início do ano Alexandre de Juniac, ex-diretor-geral da IATA, em anúncio que adiava o evento de junho para outubro. “Isso afirmará que as companhias aéreas podem conectar o mundo com segurança, demonstrar a resiliência de nossa indústria e confirmar o valor inestimável das reuniões pessoais.”

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Companhias aéreas dos EUA estarão bem representadas, com CEOs da American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines, além de Robin Hayes, da JetBlue Airways, que é o presidente do conselho de governadores da IATA este ano. Muitos executivos europeus também estarão presentes, incluindo Luis Gallego, diretor-presidente da International Consolidated Airlines Group, controladora da British Airways, Carsten Spohr, da Deutsche Lufthansa, e Pieter Elbers, da KLM. Representantes da Boeing e Airbus também estão entre os palestrantes.

O tráfego de passageiros começou a aumentar nas rotas transatlânticas desde que os EUA anunciaram, em 20 de setembro, que suspenderão as restrições de viagens para visitantes do Reino Unido, União Europeia e alguns outros países a partir de novembro. As previsões variam sobre quando a demanda retornará totalmente aos níveis pré-pandemia. Alguns esperam que a recuperação transpacífica possa ocorrer em 2025, um ano ou mais depois da transatlântica.

Menos participantes

Embora executivos rumo a Boston queiram enviar um sinal de que as viagens de negócios começam a se normalizar, o número de participantes no evento de 3 a 5 de outubro deverá ficar um terço abaixo do total em 2019, principalmente devido às restrições de viagens na região Ásia-Pacífico. O presidente do conselho da Cathay Pacific Airways, Patrick Healy, não estará presente, tampouco os CEOs das duas maiores operadoras japonesas.

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A IATA, que representa quase 300 companhias aéreas que respondem por 82% do tráfego aéreo global, deve atualizar suas previsões para o setor na conferência. Em abril, a associação estimou que as aéreas globais terão prejuízo de cerca de US$ 48 bilhões em 2021, além das perdas de US$ 126 bilhões registradas no ano passado, no auge da pandemia.

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