CEO de aérea de baixo custo critica combustível sustentável

Executivo defende que combustíveis de aviação sustentáveis e compensação de emissões de dióxido de carbono não passam de “greenwashing”

Com sede na Hungria, a companhia buscou crescer durante a pandemia garantindo slots para entregas da Airbus e reagendando voos antes que os concorrentes
Por Ryan Beene
01 de Outubro, 2021 | 12:34 PM

Bloomberg — Para Jozsef Varadi, CEO da aérea de baixo custo Wizz Air, combustíveis de aviação sustentáveis e compensação de emissões de dióxido de carbono não passam de “greenwashing” que contribuem pouco para reduzir a pegada do setor de aviação na mudança climática.

Mudanças operacionais, como melhorar a eficiência das rotas e usar aeronaves avançadas com muitos passageiros, seriam mais eficazes, disse na quinta-feira em evento do setor de aviação no Wings Club, em Nova York. Companhias aéreas da União Europeia, por exemplo, poderiam reduzir as emissões da indústria na região em cerca de 30% ao adotar a alta densidade de passageiros da Wizz nas aeronaves de corpo estreito A321neo da Airbus, disse.

“Não há SAF no mundo que conseguirá isso”, disse Varadi sobre a sigla em inglês para combustível de aviação sustentável. “Por isso, na minha opinião, SAF e compensações de carbono são mais ‘greenwashing’ do que reais neste momento.” Os comentários do executivo antecedem o encontro de quase 200 nações no próximo mês para a cúpula do clima COP26 em Glasgow, Escócia.

Scott Kirby, CEO da United Airlines, também criticou as compensação de carbono, embora apoie o uso muito mais amplo de combustíveis de aviação sustentáveis em toda a indústria.

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A Wizz, com sede na Hungria, buscou crescer durante a pandemia garantindo slots para entregas da Airbus e reagendando voos antes que os concorrentes. Também formou uma joint venture em Abu Dhabi no início do ano.

A operadora de baixo custo, que recentemente teve uma oferta recusada para comprar a rival EasyJet, pretende se expandir ainda mais. Dentro de oito anos, a frota da Wizz de 145 aviões de corpo estreito da Airbus aumentará para cerca de 500 jatos transportando 170 milhões de passageiros, em comparação com cerca de 42 milhões hoje, disse Varadi.

“Seria uma mudança significativa”, afirmou.

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