Bloomberg — A Vale espera que todos os 39 trabalhadores presos em uma mina subterrânea desde domingo sejam libertados ainda nesta terça-feira (28).
Trinta funcionários da mina Totten em Sudbury, Ontário, foram resgatados, disse um funcionário da empresa. Anteriormente, a Vale disse em um comunicado que os mineiros que voltaram à superfície estão com boa saúde e o restante está a caminho. Os trabalhadores não se feriram e começaram a subir por uma escada com o apoio de uma equipe de resgate, informou a empresa com sede no Rio de Janeiro ontem (27).
As pessoas ficaram presas depois que uma escavadeira que estava sendo transportada para a mina se deslocou, bloqueando o poço. Eles seguiram para as estações de refúgio, tiveram acesso a comida e água e estiveram em contato frequente com o pessoal de superfície.
As ações da Vale caíram na segunda-feira, antes de se recuperar, já que o incidente invocou memórias do desmoronamento da mina San Jose em 2010, no Chile, onde 33 homens ficaram presos por 69 dias antes de serem levados para um local seguro. Embora Totten seja uma operação muito mais sofisticada do que San Jose, o acidente pode atrapalhar os esforços da Vale para aumentar suas credenciais ambientais, sociais e de governança após dois desastres em barragens no Brasil nos últimos seis anos.
Nos primeiros seis meses de 2021, Totten produziu 3.600 toneladas métricas de níquel, ou cerca de 4% do total da empresa. A produção está suspensa e a Vale avalia as medidas necessárias para retomar a produção.
A Vale herdou as instalações de Totten, então inativas e cheias de água, em 2006, quando a empresa brasileira adquiriu a Inco. A Vale gastou cerca de US$ 700 milhões para colocar a mina de níquel-cobre em produção em 2014.
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