Bloomberg — O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que os gargalos no abastecimento duram mais que o previsto e que ele espera que as pressões inflacionárias permaneçam altas nos próximos meses.
“Esses efeitos foram maiores e mais duradouros que o previsto, mas eles diminuirão e, ao fazê-lo, espera-se que a inflação caia e atinja nossa meta de longo prazo de 2%”, disse Powell em depoimento ao Comitê Bancário do Senado, no qual ele participa nesta terça-feira (28). “À medida que a reabertura continua, gargalos, dificuldades na contratação e outras restrições podem, mais uma vez, ser maiores e mais duradouras que o previsto, apresentando riscos de alta para a inflação”.
Ao mesmo tempo, disse Powell, os ganhos do mercado de trabalho desaceleraram no mês passado, especialmente em setores sensíveis à pandemia. A taxa de desemprego de 5,2% não representa o déficit no emprego, conforme indicado pelo fato de que a taxa de participação da força de trabalho não aumentou, acrescentou.
Na semana passada, os banqueiros centrais dos Estados Unidos deixaram a taxa básica de juros inalterada em uma faixa de 0% a 0,25% e disseram que reduzir os US$ 120 bilhões em compras mensais de ativos “pode ser justificado em breve” se a economia continuar a progredir em direção a seus objetivos.
Em coletiva de imprensa após a reunião, Powell disse que o teste de inflação para reduzir a compra de títulos foi concluído, ao passo que o teste de emprego “não está nem perto disso”.
Ele não discutiu a redução gradual das compras de ativos em seus comentários.
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