São Paulo — A Enauta interrompeu a produção do Campo de Manati, localizado nas águas rasas da Bacia de Camamu, no litoral da Bahia, após um vazamento de gás, informou a companhia, nesta terça-feira (28). É um dos principais campos fornecedores de gás da região Nordeste.
As causas do incidente estão sendo investigadas, e não há ainda previsão de retorno. A Enauta dimensionou o vazamento como “pequeno” e situou o problema “na parte terrestre do duto entre a estação de compressão e a estação de tratamento de gás”.
Diante do vazamento, a companhia disse que, ontem (27), decidiu interromper a produção “de forma preventiva”.
Novo dono
A Enauta possui 45% de participação no Campo de Manati. No dia 16 de agosto de 2020, a empresa anunciou um acordo de venda para a Gas Bridge de sua participação. Até o próximo dia 31 de dezembro, a empresa espera concluir o contrato.
A Gas Bridge é uma sociedade criada por João Carlos de Luca, ex-diretor da Petrobras, Marco Tavares, fundador da Gas Energy, e Esteban Papanicolau, que foi da Nova Gas International e da TransCanada Pipelines no Cone Sul nos anos 1990.
Campo de Manati no Nordeste
O Campo de Manati é um dos principais fornecedores de gás da região Nordeste. A Enauta, uma das principais empresas de controle privado do setor de exploração e produção no Brasil, detém ainda a operação do Campo de Atlanta, localizado nas águas profundas da Bacia de Santos (SP), com participação de 50%.
Descoberto em 2000 e com a produção iniciada em 2007, Manati foi um dos maiores campos de gás natural não associado no Brasil. Os poços de Manati são interligados por linhas submarinas à plataforma PMNT-1, uma unidade fixa de produção instalada em uma profundidade de lâmina d’água de 35 m, situada a 10 km da costa. A partir dela, o gás flui por um gasoduto de 36 km de extensão até a Estação de Compressão (SCOMP), onde é comprimido e percorre mais 89 km até a estação de processamento (EVF). Além de gás, o Campo de Manati também produz o condensado.
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