Petrobras não vai mexer na política de preço de combustível, diz CEO

Luna e Silva disse ainda que a empresa está ampliando o fornecimento de gás natural e que a governança na Petrobras é “robusta”

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A Petrobras não vai mexer na política de preços dos combustíveis, disse hoje em entrevista o CEO da empresa, Joaquim Silva e Luna. O executivo afirmou ainda que não poderá colaborar com a política de redução dos preços do gás de cozinha em botijão. A empresa chamou a imprensa para falar sobre o assunto após o presidente Jair Bolsonaro admitir, durante um evento em Brasília, aumento nos preços dos combustíveis.

“Continuamos trabalhando como sempre, acompanhando os preços para cima e para baixo”, disse. Na entrevista, Luna e Silva afirmou que os preços dos combustíveis são determinados por fatores que incluem as cotações internacionais do petróleo e a taxa de câmbio.

“A parte da Petrobras está sendo feita, que é recolher tributos e dividendos. Já recolhemos cerca de R$ 15 bilhões e temos perspectiva de aumentar isso”, disse o executivo.

O CEO da Petrobras disse que a empresa recebe apenas R$ 2 por litro do custo da gasolina nos postos apesar de o combustível já ser vendido nos postos por R$ 7.

Luna e Silva disse ainda que a empresa está ampliando o fornecimento de gás natural e que a governança na Petrobras é “robusta”.

Na entrevista, Claudi Mastella, diretor-executivo de comercialização admitiu que os preços dos combustíveis estão defasados. “Temos evitado repassar a volatilidade minuto a minuto, dia após dia, para o mercado interno”, disse.

Pela manhã, o petróleo do tipo Brent chegou a ser negociado próximo a US$ 80 o barril, pressionado pela crise de energia na Europa e previsão de aumento de consumo com a chegada do inverno no hemisfério norte. No encerramento dos negócios, o petróleo Brent para entrega em novembro era negociado a US$ 79,40, com alta de 1,68%.

(ampliado para incluir declarações dos executivos da Petrobras)

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