São Paulo — O Morgan Stanley reduziu sua participação no brechó online Enjoei, de 5,2% para 4,9%. Criada como um blog especializado em venda de roupas usadas em 2009, a companhia encolheu mais de R$ 1 bilhão desde sua estreia na B3, no dia 9 de novembro do ano passado. No IPO (oferta pública inicial de ações), o marketplace foi avaliado em R$ 2 bilhões. Agora, vale R$ 940 milhões.
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Desde o IPO (oferta pública inicial) em 9 de novembro, o papel (ENJU3) acumula desvalorização de 51,4% e está entre as maiores quedas mensais do índice de small caps da B3. Em agosto, ENJU3 acumulou rentabilidade negativa de 21,54%, a quarta maior perda mensal do SMLL (Índice Small Cap), segundo levantamento do buscador Yubb. O ranking foi liderado pela gestora de cashback Méliuz (-40,09%), seguida pela varejista C&A Modas (-24,98%) e pela fabricante de softwares Sinqia (-21,59%).
Em julho, o papel da Enjoei teve a pior rentabilidade do mês nesse índice da B3, segundo o Yubb. Ontem, a ação da Enjoei fechou em queda de 4,63%, cotada a R$ 4,74, perto de sua mínima histórica (R$ 4,68). Esse valor de fechamento está 53,75% abaixo do preço fixado no IPO (R$ 10,25).
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A nova posição acionária dos fundos de investimentos geridos pela instituição financeira norte-americana corresponde a 9.828.217 ações ordinárias, total referente ao último dia 20. Antes disso, o Morgan Stanley tinha 10.304.161 ações (5,20%) da Enjoei, segundo a estrutura acionária divulgada pela companhia em seu site de relações com investidores. O capital da Enjoei é composto por 197.855.783 ações ordinárias.
Outra instituição exposta às ações da Enjoei é a tradicional gestora carioca Dynamo, que informou, em agosto, que seus fundos de investimentos atingiram participação de 5,07% no capital do marketplace.
Despesas publicitárias
Ao divulgar, no mês passado, um prejuízo líquido de R$ 30 milhões (+988%) no segundo trimestre, a companhia preferiu destacar seus dados operacionais positivos, informando que, no fim de junho, chegou a marca de 898 mil vendedores ativos (+124% em um ano), de 181 mil compradores (+29% em um ano) e de 3,9 milhões de produtos listados (+61% em um ano). A receita líquida atingiu R$ 26,5 milhões, alta de 105% em um ano.
“Revisamos nossa política comercial, adicionamos mais serviços e pontos logísticos, melhoramos nosso canal de atendimento, nossas ferramentas de pagamento, entre outras iniciativas”, comentou a empresa no material de divulgação dos dados de seu resultado financeiro.
Por outro lado, as despesas publicitárias da companhia explodiram, somando R$ 15,1 milhões (+619% em um ano) no segundo trimestre. “O ambiente de e-commerce mais disputado tem inflacionado o CPC [Custo por Clique] e elevado o preço médio da mídia de performance nos últimos meses”, comentou a Enjoei.
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