São Paulo — O Brasil marcou para o próximo dia 4 de novembro o leilão do 5G e deve publicar a versão final do edital de licitação até a próxima segunda-feira (27). O certame é considerado o maior de radiofrequência da história do país, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), cujo conselho diretor aprovou, ontem, a minuta do edital. O governo federal promete que a nova tecnologia vai proporcionar uma conexão de internet móvel mais rápida, ágil e econômica.
Quatro faixas de radiofrequências serão ofertadas: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Essas faixas funcionam como uma espécie de rodovia no ar, por meio de ondas eletromagnéticas, responsáveis pelas transmissões de TV, rádio e internet, explicou comunicado do governo federal sobre a aprovação do edital, explica o governo federal.
O leilão será não arrecadatório, ou seja, boa parte do valor será investido na ampliação da infraestrutura de telecomunicações no Brasil. O 5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e de banda larga. É o sucessor planejado das redes 4G, que fornecem conectividade para a maioria dos dispositivos atuais. A intenção do governo é que até julho de 2022, as 26 capitais e o Distrito Federal tenham cobertura 5G.
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Em perspectiva histórica, o Brasil está prestes a ter um dos maiores leilões de infraestrutura da história em participação do setor privado, destaca a consultoria GO Associados.
“Os investimentos em infraestrutura são fundamentais para a economia voltar a crescer e para o Brasil retomar o crescimento de forma a superar seus problemas. O interesse da iniciativa privada em investir já ficou evidente em outros leilões, como o da Cedae no setor de saneamento”, analisou Gesner Oliveira, sócio executivo da GO Associados e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) em São Paulo e ex-presidente da Sabesp.
As companhias de telefonia que vencerem o leilão deverão oferecer como contrapartidas a disponibilização do 5G nas capitais até julho de 2022; a extensão para as rodovias do sinal 4G; a construção de uma rede privativa de comunicação para a administração federal; a via fluvial na região amazônica; a disponibilização de internet móvel de qualidade para as escolas públicas de educação básica, entre outras.
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