Bloomberg Línea — A prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) teve alta mensal de 1,14% em setembro, o maior avanço desde o início do Plano Real, em 1994, puxada pelos preços da energia elétrica e da gasolina. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- A inflação acumula alta no ano de 7,02%, e nos últimos 12 meses já ultrapassa os dois dígitos, a 10,05%
- Gasolina e energia elétrica foram os itens que, individualmente, tiveram o maior impacto no índice, ambos com 0,17 ponto percentual
Nos transportes, a alta dos combustíveis (3%) veio acima da registrada no mês anterior (2,02%). A gasolina subiu 2,85% e acumula 39,05% nos últimos 12 meses.
Os demais combustíveis também apresentaram altas: etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%). No grupo, destaca-se ainda a alta nos preços das passagens aéreas, que subiram 28,76% em setembro, exercendo o terceiro maior impacto (0,11 pp) no IPCA-15 do mês.
Em alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio acelerou de 1,29% em agosto para 1,51% em setembro. Os preços das carnes subiram 1,10% e contribuíram com 0,03 p.p. de impacto. Subiram também os preços da batata-inglesa (10,41%), café moído (7,80%), frango em pedaços (4,70%), frutas (2,81%) e leite longa vida (2,01%).
- Por outro lado, houve queda pelo oitavo mês consecutivo nos preços do arroz (-1,03%) e pelo sexto mês consecutivo nos preços da cebola (-7,51%).
Já o grupo habitação foi puxado mais uma vez pela alta na energia elétrica (3,61%), embora ela tenha desacelerado em relação a agosto (5%), aponta o IBGE. No mês passado, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh.
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