CEO da Cargill vê inflação de alimentos como ‘transitória’

Preços de alimentos, desde cereais matinais à carne, continuaram subindo desde o pico inicial durante os primeiros dias do surto de Covid, em parte devido a gargalos logísticos

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Bloomberg — Os crescentes custos dos alimentos provocados por gargalos nas cadeias de suprimentos e outros problemas que afetam a indústria agrícola devem ser “transitórios” e se dissipar com o tempo, disse o diretor-presidente da Cargill.

Os preços de alimentos, desde cereais matinais à carne, continuaram subindo desde o pico inicial durante os primeiros dias do surto de Covid-19, em parte devido a gargalos logísticos. Obstáculos recentes incluem o furacão Ida nos Estados Unidos, que danificou um terminal portuário da Cargill na Luisiana, e a crise energética europeia que prejudica a produção de alimentos no continente. A escassez de mão de obra deixou uma instalação da Cargill na Virgínia com 70% da capacidade.

“Existem problemas na cadeia de suprimentos: como falta de mão de obra, impactos da mudança climática, eventos climáticos extremos, maior demanda por biocombustíveis”, disse CEO da Cargill, David MacLennan, em entrevista à Bloomberg TV na quinta-feira. “Há muita pressão sobre agricultura e alimentos.”

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Ainda assim, MacLellan disse que está impressionado com a resiliência dos agricultores e de outros segmentos para transportar alimentos, acrescentando que está “otimista de que os problemas das cadeias de suprimentos serão resolvidos com o tempo”.

A Cargill não especificou quando seu terminal danificado pela tempestade em Reserve, Luisiana, que movimentava cerca de 9% das maiores exportações agrícolas dos EUA, retomará as operações, disse MacLennan. As exportações dos EUA serão mais baixas devido aos impactos do furacão Ida, afirmou.

A Cargill, que tem capital fechado, se beneficiou com a volatilidade e está no caminho para um ano recorde de ganhos.

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