Petróleo sobe com sinais de queda nos estoques dos EUA

Contratos WTI e Brent tiveram desempenhos sólidos, com aumento superior a 1%

Aumento foi superior a 1%
Por Saket Sundria - Alex Longley
22 de Setembro, 2021 | 08:35 AM

Bloomberg — O petróleo se recuperou depois que um relatório da indústria nos EUA constatou outra grande retração nos estoques de petróleo, apontando para uma desaceleração no mercado, e o banco central da China acrescentou liquidez para conter a preocupação com os problemas da dívida da gigante imobiliária Evergrande.

O contrato West Texas Intermediate foi negociado acima de US$ 71 o barril, depois de subir 1,9%. Os estoques em todo o país despencaram em mais de 6 milhões de barris, incluindo uma queda no principal hub de armazenamento em Cushing, estado de Oklahoma, segundo o American Petroleum Institute, financiado pela indústria petroleira.

O petróleo teve um desempenho sólido em setembro, depois que o clima extremo interrompeu o abastecimento nos EUA e enquanto uma recuperação do gás natural estimulou as expectativas de que a demanda por petróleo poderá se beneficiar com a mudança. Na Ásia, o banco central da China injetou mais caixa de curto prazo no sistema financeiro, aliviando algumas preocupações sobre a crise do China Evergrande Group e auxiliando as commodities industriais, ao passo que a decisão definitiva do Federal Reserve sobre a taxa de juros será divulgada posteriormente.

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“O golpe duplo de hoje, com a decisão definitiva do Fed e o relatório de inventário da Administração de Informações sobre Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) definirá os preços do petróleo”, disse Stephen Brennock, analista da corretora PVM Oil Associates.

Preços

  • O WTI a ser entregue em novembro aumentou 1,5%, chegando a US$ 71,56 por barril em Londres.
  • O petróleo Brent para liquidação em novembro aumentou 1,3%, chegando a US$ 75,32.

A ConocoPhillips prevê que a demanda por petróleo retorne aos níveis pré-pandemia no início do próximo ano com o aumento da demanda, afirmou o CEO Ryan Lance à Bloomberg Television. Por outro lado, a oferta da OPEP + e dos campos de xisto permanecerá restrita enquanto as principais empresas adotam a transição energética, disse.

O spread entre os dois contratos do Brent mais próximos subiu para US$ 6,36 por barril em movimento de backwardation, no qual o petróleo a ser entregue a curto prazo tem preço mais alto que aquele para entregas futuras – sendo esse um padrão bullish. A diferença aumentou em comparação aos US$ 3,34 em meados de agosto, sugerindo que os traders estão mais otimistas com as perspectivas.

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