Mercados ampliam perdas na Ásia, mas futuros indicam recuperação em NY

O forte movimento de vendas de ações continuou na manhã desta terça na Ásia em meio a preocupações com um aperto regulatório no setor imobiliário na China e a crise da incorporadora Evergrande

Investidores seguem pessimistas na Ásia
Por Andreea Papuc e Kamaron Leach
20 de Setembro, 2021 | 11:27 PM

O forte movimento de vendas de ações continuou na manhã desta terça na Ásia (noite de segunda no Brasil) em meio a preocupações com um aperto regulatório no setor imobiliário na China e a crise da incorporadora Evergrande. Os títulos do Tesouro dos EUA e o dólar registraram ganhos.

Os mercados do Japão recuam nesta terça após o retorno de um feriado local, juntamente com a bolsa da Austrália. Já os futuros de índices de ações dos EUA têm leve alta. Na segunda-feira, o S&P 500 registrou a maior queda desde maio, embora tenha reduzido o ritmo de perdas na última hora de negociações, à medida que surgiram compradores para papéis depreciados. O Nasdaq 100 teve forte baixa e um indicador das ações chinesas listadas nos EUA também recuou.

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Os títulos do Tesouro dos EUA retiveram os ganhos e o dólar se manteve firme à medida que os investidores buscavam refúgio. Além das preocupações sobre a capacidade de solvência da Evergrande de pagar US$ 300 bilhões em dívidas, a reunião do Federal Reserve nesta quarta-feira também preocupa os investidores. Espera-se que os formuladores de política monetária comecem a estabelecer as bases para reduzir os estímulos.

A turbulência no setor imobiliário é parte de um aperto regulatório mais amplo do presidente Xi Jinping dirigido ao setor privado chinês no que chamam de iniciativa para “prosperidade comum” de redução da desigualdade econômica. Os investidores estão aguardando clareza sobre como a será equacionada a dívida da Evergrande.

Os riscos que emanam da China vêm à medida que os investidores questionam os valuations de ações há muito esticadas, em parte porque a variante do vírus delta desacelerou a reabertura da economia em meio a pressões de preços alimentadas por commodities. Os mercados também estão digerindo uma perspectiva de redução do apoio à política do banco central.

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“Os mercados estão claramente preocupados com os potenciais efeitos colaterais da Evergrande, junto com algum nervosismo sobre a reunião do FOMC [comitê de política monetária do Fed] de setembro”, disse Cliff Hodge, diretor de investimentos da Cornerstone Wealth. “Estamos achando que precisamos de uma correção, algo na faixa de 5% a 10% que é um retrocesso comprável. No momento, não estamos preocupados com uma queda do mercado. O Fed e o Evergrande não são novos.”

Abaixo alguns dos principais movimentos nos mercados:

Ações

  • Os futuros do S&P 500 subiam 0,3% às 11h10 em Tóquio (23h10 de segunda em Brasília). Na segunda, o S&P 500 recuou 1,7%;
  • Os futuros do Nasdaq 100 subiam icionaram 0,24%. O Nasdaq 100 caiu 2,1% na segunda;
  • O índice Topix do Japão caia 1,8%;
  • O índice S&P/ASX 200 da Austrália recuava 0,4%;
  • Os índice Hang Seng tinha alta de 0,10%;

Moedas

  • O iene japonês era negociado a 109,49 por dólar;
  • O yuan offshore estava em 6,4809 por dólar;
  • O Bloomberg Dollar Spot Index pouco mudou;
  • O euro mudou pouco em US$ 1,1729;

Renda fixa

  • O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos estava em 1,31%;
  • O rendimento dos títulos de 10 anos da Austrália recuava 6 pontos-base para 1,25%;

Commodities

  • O petróleo do tipo WTI (West Texas Intermediate) era negociado a US$ 70,85 o barril, alta de 0,8%
  • O ouro estava em US$ 1.763,72 a onça

-- Com a ajuda de Sophie Caronello.