Barcelona, Espanha — Os primeiros negócios nesta segunda-feira (20) enunciam que esta será uma semana agitada e com boa dose de tensão. Além de indicadores que sinalizarão o ritmo de recuperação econômica, o mercado estará atento à tão esperada reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira. Tanto as bolsas europeias como os futuros de ações em Wall Street caíam com força esta manhã.
Em matéria de indicadores, hoje o mercado europeu acompanhará de perto a divulgação dos preços industriais da Alemanha em agosto. A confiança dos promotores imobiliários nos Estados Unidos também estará no foco dos operadores. Além disso, há reuniões do Banco do Japão (quarta-feira) e do Banco da Inglaterra (quinta-feira) e a expectativa geral é de que ambos mantenham sua política monetária inalterada.
Nas praças europeias, parte da pressão de queda vinha sobretudo das matérias-primas. No mercado de commodities, o minério de ferro caiu para abaixo dos US$ 100 a tonelada depois que a China intensificou as restrições à atividade industrial. Os metais básicos, incluindo o cobre, também caíram.
Queda generalizada
Às 6h45 no horário de Brasília, os mercados acionários na Europa se comportavam desta maneira:
- o Stoxx 600 Europe Index caía 1,84%, para 453 pontos
- o alemão DAX despencava 2,18%, para 15.153 pontos
- em Paris, o CAC 40 perdia 2,05%, situando-se nos 6.435 pontos
- o londrino FTSE 100 declinava 1,60%, aos 6.852 pontos
- o IBEX 35 declinava 1,82%, para 8.601 pontos
Futuros de ações nos EUA
O mercado americano saberá nesta semana se o Fed diminui agora, e em que proporção, os estímulos à economia, expressos pela recompra mensal de títulos no mercado. Somada a estas incertezas, que há semanas pautam o vaivém das ações, os investidores desejam saber se o presidente Joe Biden conseguirá emplacar sua agenda econômica de US$ 4 trilhões.
- o S&P 500 futuro caía 1,31% às 11h45 CEST (6h45 horário de Brasília), para os 4.363 pontos
- os contratos indexados ao índice Dow Jones perdiam 1,57%, somando 33.920 pontos
- os contratos futuros indexados ao índice Nasdaq recuavam 1,10%, para 15.156 pontos
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Como fechou Wall Street
Na sexta-feira, o S&P caiu 0,91%, para 4.432 pontos. O Nasdaq 100 cedeu 0,91% (15.043 pontos). Já o Dow Jones Industrial perdeu 0,48%, alcançando os 34.584 pontos.
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Mercados asiáticos
As bolsas asiáticas fecharam mistas. O índice Xangai subiu 0,19%, para os 3.613 pontos. O japonês Nikkei 225 avançou 0,58%, aos 30.500 pontos. Por outro lado, o índice Hang Seng, de Hong Kong teve forte perda de 3,30%, fechando aos 24.099 pontos.
A crise deflagrada pela incorporadora imobiliária Evergrande traz um forte componente de incerteza aos mercados chineses. O grupo protagoniza uma das maiores reestruturações de dívida do país asiático, com passivos que superam os US$ 300 bilhões. A probabilidade de inadimplência é alta e tem feito despencar as ações do ramo imobiliário.
Os gigantes imobiliários de Hong Kong, incluindo a Henderson Land Development Co., sofreram a maior venda em mais de um ano, enquanto os comerciantes especulavam que a China estenderia sua repressão imobiliária ao centro financeiro.
Confira o comportamento de outros mercados na manhã de hoje:
Petróleo
Os futuros em Nova York caíam ao mesmo tempo em que o dólar subia pelo terceiro dia consecutivo, tornando as commodities cotadas na moeda norte-americana menos atrativas para os investidores. Em relatório, economistas do CaixaBank também citam que ajudam a sustentar a queda da commodity as notícias de que a Rússia estaria considerando elevar suas exportações de petróleo cru.
- em Nova York, os contratos futuros de petróleo declinavam 1,83% às 11h45 CEST (6h45 horário de Brasília), para US$ 70,65 o barril.
Moedas
- o euro caía 0,18%, para US$ 1,1706
- o iene perdia 0,25%, para US$ 109,72
- a libra esterlina caía 0,48%, cotada a US$ 1,3672
Ouro
- ouro futuro subia 0,38%, para US$ 1.758 a onça troy
Cripto
- o bitcoin perdia expressivos 5,56%, para US$ 44,942. O contágio da crise de dívida da chinesa Evergrande é a principal notícia que move este mercado hoje.
-- Com informações da Bloomberg News