Bloomberg — A Genesis Systems LLC, a mais recente startup a anunciar uma engenhoca que suga água do ar, afirmou ter encontrado uma maneira de fazer isso de forma mais barata e escalável do que seus rivais. Agora precisamos ver resultados.
A empresa sediada em Tampa, na Flórida, que acaba de assinar seu primeiro acordo para instalar uma máquina de coleta de água do tamanho de um contêiner de transporte em Port San Antonio, fará vários acordos adicionais em áreas de desenvolvimento em todo o mundo, de acordo com o diretor de operações David Stuckenberg. A empresa está em negociações com entidades em 21 países, com um pipeline de potenciais acordos no valor de mais de US$ 100 milhões, afirma.
Veja mais: Fundos buscam profissionais que realmente entendam regras ESG
A tecnologia de extrair água do ar tem sido uma área propícia para pesquisa e desenvolvimento nos últimos anos, especialmente porque a mudança climática força mais habitação humana em paisagens secas e quentes. Mas a tecnologia emergente é geralmente muito mais cara do que a dessalinização. Há também a questão do tamanho, com muitas soluções produzindo apenas quantidades limitadas de água potável para complementar as fontes primárias. Os críticos também questionam se a remoção da umidade do ar poderia perturbar o clima, impactando as chuvas, uma preocupação que Stuckenberg diz não ser válida.
Uma rodada de financiamento da Série A de cerca de US$ 200 milhões está em andamento, o que valorizaria a empresa em mais de US$ 1 bilhão, afirma. No futuro, a empresa irá considerar opções para abrir o capital. Os investidores existentes incluem Ned Allen, ex-cientista-chefe da Lockheed Martin Corp., e Jordan Noone, co-fundador da Relativity Space, fabricante de foguetes impressos em 3D.
A máquina portátil da Genesis - chamada Water Cube - produz de mil a dois mil galões de água doce por dia a custos abaixo dos concorrentes, diz Stuckenberg, pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins e ex-piloto de combate. Ele não especificou como sua tecnologia baseada em dessecante é mais barata e escalável ou compartilha um cronograma firme para a produção comercial.
Eventualmente, a tecnologia poderia ajudar a aliviar a escassez de água e as tensões que estão sendo exacerbadas pelo crescimento da população e pela mudança do clima, acrescentou Stuckenberg, co-fundador da empresa com sua esposa, Shannon, sua CEO.
“Escassez de água, fome: estes são dragões que podemos matar com a tecnologia”, afirma. “Não estamos em uma corrida contra um concorrente. Estamos em uma corrida contra as condições.”
Veja mais em bloomberg.com
Leia também:
Quantos dias teria que se trabalhar no Brasil para comprar o novo iPhone?
Amazon e Walmart estão vencendo a guerra do mercado de trabalho
Falta de mão de obra agrava gargalo logístico, diz Caterpillar
© 2021 Bloomberg L.P.