Bloomberg — A minoria mais ampla nos Estados Unidos é uma das menos representadas em Hollywood, revela um novo estudo dos 1.300 filmes de maior bilheteria em 13 anos, publicado na última quarta-feira (15).
Os hispânicos ou latinos saem perdendo quase inteiramente em todos os aspectos da produção cinematográfica. Em 2019, eles representaram apenas 5,9% de todos os personagens em 100 filmes de maior sucesso. Atores hispânicos e latinos estiveram totalmente ausentes em mais de um terço dos filmes de melhor desempenho daquele ano, segundo a análise da Iniciativa de Inclusão da USC, Universidade do Sul da Califórnia.
O grupo representa mais de 18% da população dos EUA, de acordo com o censo do país. Outras minorias nos EUA têm mais tempo na tela, descobriu o estudo. Em 2019, 15,7% de todos os personagens com papéis com fala nos 100 filmes de maior bilheteria eram negros e 7,2%, asiáticos.
Depois de reações como #OscarsSoWhite, Hollywood aos poucos melhorou a diversidade em projetos de alto perfil - um movimento que valeu a pena. Filmes com minorias e mulheres em papéis principais tiveram sucesso de bilheteria, em parte, por atrair públicos mais diversificados. Apenas neste mês, “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, o primeiro filme da Marvel com um ator asiático, quebrou recorde do fim de semana do Dia do Trabalho (6 de setembro).
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Os hispânicos e latino-americanos formam a maior audiência per capita de cinemas entre todas as raças e etnias, de acordo com a Motion Picture Association of America. No entanto, eles nem sempre são retratados na tela e, quando o são, costumam ser considerados criminosos ou pobres. Quase 40% dos principais atores hispânicos ou latinos do estudo foram descritos como criminosos; 13,8% eram de classe baixa ou pobres.
“A representação na tela é importante para a nossa comunidade”, disse a atriz Eva Longoria, cuja produtora, UnbeliEVAble Entertainment, fez parceria com a Iniciativa de Inclusão da USC no estudo. “Ela molda não apenas como os outros nos veem, mas também como nos vemos.”
Diretores hispânicos e latinos dirigiram apenas 4,2% dos filmes principais, descobriu a USC. Um terço desses diretores era descendente de mexicanos, outro terço de ascendência espanhola.
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