Latinos ou hispânicos protagonizam só 5% dos filmes nos EUA

Atores hispânicos e latinos estiveram totalmente ausentes em mais de um terço dos filmes de melhor desempenho de 2019, segundo análise

Primeiro filme da Marvel com um ator asiático quebrou recorde do fim de semana do Dia do Trabalho
Por Mary Biekert
18 de Setembro, 2021 | 01:03 PM

Bloomberg — A minoria mais ampla nos Estados Unidos é uma das menos representadas em Hollywood, revela um novo estudo dos 1.300 filmes de maior bilheteria em 13 anos, publicado na última quarta-feira (15).

Os hispânicos ou latinos saem perdendo quase inteiramente em todos os aspectos da produção cinematográfica. Em 2019, eles representaram apenas 5,9% de todos os personagens em 100 filmes de maior sucesso. Atores hispânicos e latinos estiveram totalmente ausentes em mais de um terço dos filmes de melhor desempenho daquele ano, segundo a análise da Iniciativa de Inclusão da USC, Universidade do Sul da Califórnia.

O grupo representa mais de 18% da população dos EUA, de acordo com o censo do país. Outras minorias nos EUA têm mais tempo na tela, descobriu o estudo. Em 2019, 15,7% de todos os personagens com papéis com fala nos 100 filmes de maior bilheteria eram negros e 7,2%, asiáticos.

Depois de reações como #OscarsSoWhite, Hollywood aos poucos melhorou a diversidade em projetos de alto perfil - um movimento que valeu a pena. Filmes com minorias e mulheres em papéis principais tiveram sucesso de bilheteria, em parte, por atrair públicos mais diversificados. Apenas neste mês, “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, o primeiro filme da Marvel com um ator asiático, quebrou recorde do fim de semana do Dia do Trabalho (6 de setembro).

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Os hispânicos e latino-americanos formam a maior audiência per capita de cinemas entre todas as raças e etnias, de acordo com a Motion Picture Association of America. No entanto, eles nem sempre são retratados na tela e, quando o são, costumam ser considerados criminosos ou pobres. Quase 40% dos principais atores hispânicos ou latinos do estudo foram descritos como criminosos; 13,8% eram de classe baixa ou pobres.

“A representação na tela é importante para a nossa comunidade”, disse a atriz Eva Longoria, cuja produtora, UnbeliEVAble Entertainment, fez parceria com a Iniciativa de Inclusão da USC no estudo. “Ela molda não apenas como os outros nos veem, mas também como nos vemos.”

Diretores hispânicos e latinos dirigiram apenas 4,2% dos filmes principais, descobriu a USC. Um terço desses diretores era descendente de mexicanos, outro terço de ascendência espanhola.

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