BMW se prepara para montar novo modelo no Brasil, até então só importado

Exemplar se juntará aos carros da Série 3, X1, X4 e X5 já fabricados aqui. Hoje, oito em cada 10 unidades vendidas no Brasil saem da fábrica em Santa Catarina, mas falta de chips é algo que ainda preocupa

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São Paulo — O Grupo BMW Brasil está nos preparativos finais para receber um novo modelo que passará a ser montado em sua fábrica em Araquari (SC). A empresa dona das marcas BMW, Mini e Rolls-Royce ainda mantém segredo sobre o assunto, mas o anúncio oficial deve ocorrer em novembro deste ano. A chegada do novo modelo vai se juntar aos carros da Série 3, X1, X4 e X5 que já são fabricados no Brasil.

A aposta do grupo alemão está pautada nos resultados que a empresa vem obtendo no país. Em agosto, a empresa registrou seu melhor resultado da história, com a venda de 1.517 unidades, elevando as entregas deste ano para 9.528. O resultado é 31% maior que os negócios observados entre janeiro e agosto do ano passado e 23% superior ao mesmo período de 2019, antes da pandemia.

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“Isso é consequência de muita coisa que a gente fez lá no passado e que você vem colhendo os frutos hoje. A gente não parou com a ofensiva de produtos, continuamos, mesmo durante a pandemia”, disse Aksel Krieger, CEO do BMW Group Brasil, em entrevista à Bloomberg Línea.

Apesar dos resultados positivos deste ano, Krieger reconhece que os problemas no fornecimento de semicondutores, peças e outros componentes ainda não foram totalmente resolvidos. A expectativa é que a situação ainda fique instável até 2022.

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Carros elétricos e híbridos

Apesar da posição do Brasil acima da média global na venda de carros elétricos ou híbridos (eletricidade+gasolina), a empresa ainda não tem planos de trazer para o país nenhum desses modelos. Por enquanto, para ter um veículo eletrificado do grupo alemão, apenas importando.

Teremos um híbrido flex?

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Globalmente, 11% das vendas da BMW são de veículos híbridos ou elétricos. No Brasil, a participação dessa é quase duas vezes maior e chega a 20%. “A gente não tem nada confirmado, mas sempre olhamos com bons olhos e sempre estamos analisando. Quanto mais veículo eletrificado aqui no país, isso ajuda a confirmar planos. Mas no momento a gente não tem nada confirmado”, diz Krieger.

Os planos da BMW são que os carros eletrificados representem metade de suas vendas até 2030, o que inclui o Brasil. Apesar da estratégia da empresa, Krieger enxerga que a frota nacional não seguirá o mesmo ritmo.

Os desafios para o carro elétrico

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Hoje, apenas 1% da frota de carros do Brasil pode ser carregada nas tomadas. Para o executivo, seria razoável pensar que o país conseguirá alcançar uma fatia de 10% em 2030. Diferentemente do passado, quando a autonomia dos veículos era um entrave para o avanço da tecnologia, hoje, a infraestrutura é apontada como o principal problema. Segundo cálculos da BMW com seus clientes, 80% das recargas das baterias ocorrem nas residências das pessoas. Contudo, quando se fala em pontos de carregamento nas estradas, a infraestrutura ainda deixa a desejar.

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E os impostos?

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