São Paulo — Duas empresas de saúde apresentaram oficialmente suas propostas para a compra do Grupo HB Saúde, que atua no interior paulista. Nesta quinta-feira (16), a SulAmérica e a Hapvida divulgaram seus valores para a aquisição.
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Em fato relevante, a SulAmérica diz que paga R$ 563 milhões e justifica citando “o potencial estratégico e a expectativa de novos e importantes vetores de crescimento e aumento de penetração na região de São José do Rio Preto, praça estratégica para a expansão da companhia no interior de São Paulo”. Uma assembleia geral extraordinária da companhia foi marcada para o próximo dia 23, a fim de submeter a proposta a seus acionistas.
Já Hapvida também fez uma nova oferta para aquisição do Grupo HB Saúde. “A nova proposta, vinculante, enviada para a diretoria do Grupo HB Saúde em 15 de setembro, foi de R$ 650 milhões para a aquisição de até 100% do grupo e será encaminhada para aprovação em assembleia de acionistas a ser realizada no dia 23 de setembro”, informou, em fato relevante.
Contexto
A disputa pelos ativos marca mais um capítulo no processo de consolidação do setor de saúde no Brasil, no segundo ano da pandemia da Covid-19, quando os grupos aceleraram suas operações de M&A (fusões e aquisições) após reforçarem o caixa principalmente com aportes de recursos captados em ofertas públicas iniciais de ações (IPOs), avançando sobre competidores em nichos regionais.
A rede hospitalar capixaba Kora Saúde, que abriu capital na B3 em agosto, por exemplo, tem utilizado parte de recursos para ampliar seu alcance de atuação. Já comprou o Instituto de Neurologia de Goiânia (ING), o primeiro hospital de neurologia do Brasil, e de participações societárias indiretas no Centro Goiano de Ortopedia e Traumatalogia (CGOT) e na Angiocardis Diagnósticos e Terapêutica, além de dois hospitais (São Mateus e Gastroclínica) em Fortaleza, sede da Hapvida.
Nesta semana, o Hospital Anchieta, localizado em Brasília e que é controlado pela Kora Saúde, deu entrada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de pedido de registro de companhia aberta na categoria B, que permite emitir títulos como debêntures, mas impede lançamento de ações em IPO.
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