Como o filho fez o bilionário Steve Cohen amar as criptomoedas

Por influência do filho, proprietário do New York Mets decidiu adotar criptomoedas tanto no âmbito pessoal quanto nas operações de sua empresa

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Bloomberg — O bilionário de fundos de hedge Steve Cohen era, até recentemente, um pouco cético quando se tratava de criptomoedas.

Então seu filho – um “criptomaníaco” – o ajudou a mudar de ideia.

“Ele realmente me convenceu de que era algo que eu precisava fazer”, disse Cohen, fundador da Point72 Asset Management e proprietário do New York Mets, na terça-feira (14) na conferência SALT, segundo uma pessoa familiarizada com seus comentários. Isso foi parte de uma jornada que incluiu encontros com o máximo de pessoas possível nos últimos seis meses para aprender sobre as possibilidades.

Assim que percebi que havia oportunidades, pensei que isso poderia ser algo como foi a Internet – incrivelmente transformador. Eu não iria perder essa chance”, disse Cohen em uma discussão em Nova York intitulada “Generating Alpha in Markets and Baseball” (Gerando alfa em mercados e no beisebol, em tradução livre) e moderada pelo fundador da Skybridge Capital, Anthony Scaramucci.

Depois disso, Cohen, de 65 anos, com patrimônio líquido de US$ 11,1 bilhões segundo o Bloomberg Billionaires Index, se jogou no mundo das criptomoedas tanto pessoalmente quanto com sua empresa.

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Esta semana, ele anunciou que estava investindo na Radkl, uma gestora de investimentos quantitativos de ativos digitais. Isso ocorreu após a Recur, uma empresa de tecnologia que permite aos fãs comprar e vender tokens não fungíveis (NFTs), afirmar que o family-office de Cohen – Cohen Private Ventures – aportou US$ 50 milhões em sua rodada de financiamento da Série A. Enquanto isso, Cohen disse a Scaramucci que a Point72 está desenvolvendo funcionalidades de trading de criptomoedas na empresa.

‘Ideias extravagantes’

Seu interesse no mundo virtual vai além das criptomoedas: Cohen expressou uma fascinação pelo metaverso, ou uma visão de um mundo virtual onde as pessoas interagem por meio de avatares.

“Existem algumas ideias extravagantes sobre como as pessoas vão passar seu tempo”, disse ele. “Sua mente corre solta”, acrescentou sobre como as pessoas irão interagir no metaverso, potencialmente comprando imóveis virtuais e roupas virtuais para seus avatares.

Cohen, um torcedor do Mets desde a infância que comprou o time em dezembro por cerca de US$ 2,5 bilhões, também falou sobre o motivo pelo qual adora ter a franquia e o desempenho do clube.

“Isso me levou para outro mundo”, disse Cohen, observando que há 30 proprietários de times que se reúnem regularmente, abrindo seu mundo para um público diferente. Mas a prática também tem seus pontos negativos.

“Quando você tem um fundo de hedge, tem certa notoriedade; mas não é nada como ser dono de um time de esportes em Nova York”.

Foi um ano difícil para o Mets, que perdeu a liderança da Liga Nacional Leste ao perder 19 dos 28 jogos em agosto.

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Em janeiro, Cohen demitiu o gerente geral Jared Porter por acusações de assédio sexual. No mês passado, o gerente geral interino Zack Scott foi preso acusado de dirigir embriagado depois de sair de um evento de captação de recursos para caridade na casa de Cohen. Após se declarar inocente, ele foi colocado em licença.

O bilionário influenciou o mundo das redes sociais, no qual tem sido mais ativo desde que adquiriu o Mets, dizendo que isso ajudou as pessoas a vê-lo como um ser humano, não apenas como um rico proprietário de um fundo de hedge.

“O Twitter é um lugar complicado”, disse Cohen “Mas é uma ótima forma de interagir com os fãs e ter sua própria voz”.

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