Bloomberg — As ginastas olímpicas Simone Biles e McKayla Maroney devem constar na lista de testemunhas da audiência do Comitê Judiciário do Senado na quarta-feira (15) sobre a forma como o FBI investigou as alegações de que o ex-médico da equipe de ginástica dos Estados Unidos Larry Nassar abusou sexualmente de atletas.
A atleta olímpica Aly Raisman e a ginasta universitária Maggie Nichols também devem depor, e o diretor do FBI, Christopher Wray, deve comparecer separadamente com o inspetor-geral do Departamento de Justiça Michael Horowitz.
Nassar foi médico da equipe de ginástica feminina dos EUA por quase duas décadas. Mais de 100 mulheres acusaram Nassar de abuso sexual. Ele foi condenado por várias acusações em tribunais estaduais e federais e está cumprindo sentenças que equivalem à prisão perpétua sem liberdade condicional.
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As quatro ginastas que devem depor disseram publicamente que foram abusadas por Nassar. Um relatório de Horowitz de julho concluiu que funcionários sênior da equipe de campo da agência federal de investigação de Indianápolis não responderam com urgência às alegações de atletas de abuso sexual por Nassar, demorando mais de um ano para preparar sua investigação.
O relatório afirmou que o escritório de Indianápolis cometeu “erros crassos” quando respondeu às alegações, não documentou adequadamente suas descobertas e não notificou a equipe de campo apropriada do FBI ou as autoridades estaduais ou locais sobre as alegações, nem tomou outras medidas para minimizar a ameaça contínua que era Nassar.
“Quando a forma como o FBI lidou com a questão de Nassar passou pelo escrutínio do público, do Congresso, da mídia e da sede do FBI em 2017 e 2018, as autoridades de Indianápolis não assumiram a responsabilidade por seus erros”, disse o relatório do inspetor-geral.
Os erros do FBI “possibilitaram o abuso contínuo de outras vítimas”, segundo declaração do comitê.
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