Bloomberg — A Boeing espera que as vendas globais de aviões se recuperem do impacto da pandemia de Covid-19 no final desta década, contribuindo para um mercado potencial de US$ 9 trilhões para produtos e serviços aeroespaciais e de defesa.
O valor é 5,9% maior do que o mercado total disponível de US$ 8,5 trilhões que a fabricante de Chicago previu no ano passado, quando o surto de coronavírus minou a demanda por viagens e novos aviões. A Boeing calcula que fabricantes globais entregarão 19.000 aeronaves no valor de US$ 3,2 trilhões até 2030, um cenário mais otimista do que os 18.350 aviões avaliados em US$ 2,9 trilhões, de acordo com a previsão da empresa há um ano.
As perspectivas para a indústria aeroespacial devem melhorar com o crescimento econômico global, aumento da demanda por aviões de carga e transição de companhias aéreas para aeronaves mais novas e ecológicas, de acordo com Marc Allen, diretor de estratégia da Boeing. Mas a recuperação pode vir aos trancos e barrancos, dependendo do ritmo de vacinação e fim de restrições de fronteiras, alertou. As vendas no setor de defesa, que ajudaram a fortalecer as finanças da Boeing durante a crise, provavelmente não terão crescimento semelhante.
“Claramente, a forma da recuperação será desigual e volátil”, disse Allen a repórteres antes de anunciar a previsão. “Mas acreditamos que essas tendências de longo prazo se confirmarão.”
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A Boeing espera que as viagens globais retornem aos níveis pré-pandemia no fim do próximo ano ou início de 2023, impulsionadas pela retomada de voos domésticos mais curtos. As viagens de longo alcance devem se recuperar em meados da década, disse Darren Hulst, vice-presidente de marketing comercial da Boeing.
A fabricante de aviões não acredita que a nova era de webcasts e videconferências por Zoom deva impactar a demanda por viagens de negócios a longo prazo. “Estamos bastante confiantes de que as viagens de negócios serão retomadas”, disse Hulst, observando que as viagens corporativas desafiaram as sombrias previsões após a crise financeira global de 2008 e os ataques de 11 de setembro de 2001.
A Boeing até projeta que o tráfego de passageiros cresça em média 4% ao ano, o mesmo cenário traçado para o mercado comercial em 2020. A empresa espera que companhias aéreas comprem 43.610 novas aeronaves até 2040, com jatos de corredor único respondendo por 75% das entregas. As aéreas precisarão de 7.670 novos aviões de corpo largo nos próximos 20 anos, cerca de 8% a menos do que o previsto em 2019.
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