Ilan Goldfajn assume departamento do FMI para Américas em janeiro

Ex-presidente do BC vai ajudar países membros da região a partir do dia 3 de janeiro

Por

São Paulo — O FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou, nesta segunda-feira (13), o economista Ilan Goldfajn como novo diretor da instituição para o Departamento do Hemisfério Ocidental, a partir do dia 3 de janeiro do ano que vem. Ele vai suceder Alejandro Werner, cuja aposentadoria foi informada anteriormente.

Goldfajn tem 55 anos, nasceu em Haifa, em Israel, tem dupla nacionalidade e é graduado em economia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), mestre pela PUC-RJ e doutor pelo MIT. Ele foi presidente do Banco Central de maio de 2016 a fevereiro de 2019.

O anúncio de sua escolha para o cargo no FMI foi feito por Kristalina Georgieva, diretora-gerente da instituição.

“Ele tem uma experiência impressionante nos setores público e privado, e é altamente respeitado no meio acadêmico”, descreveu Georgieva, acrescentando que a familiaridade do economista com o trabalho do FMI e seu profundo conhecimento sobre as finanças internacionais vão ajudar países membros do Fundo nas Américas.

Veja mais: Plano do México de usar fundos do FMI para dívida levará tempo

Georgieva também mencionou suas qualidades como autoridade monetária que implementou mudanças regulatórias que abriram as portas para novos players na indústria de serviços financeiros, incentivando a inovação e a digitalização, o que alimentou o crescimento das fintechs. Em 2017, ele foi eleito o presidente de Banco Central do ano pela revista “The Banker”, e um ano depois, foi escolhido o melhor chefe de Banco Central pela revista “Global Finance”.

Goldfajn já teve passagem pelo Itaú Unibanco como economista-chefe e sócio, além de sociedades com a Ciano Investimentos e Gávea Investimentos. Recentemente, presidiu o conselho do Credit Suisse no Brasil. Já trabalhou ainda como consultor de organizações globais como Banco Mundial, ONU e FMI.

Leia também

Ibovespa deixa tensões em segundo plano e começa semana em alta

Petrobras sofre ofensiva judicial de 12 estados e DF sobre alta da gasolina

Estudo indica que maioria das pessoas não precisa de dose extra