Camil compra marca Seleto e entra no mercado de cafés

No radar da empresa desde 2017, segmento vai complementar o portfólio da empresa que já atua nas categorias de arroz, feijão, açúcar e massas

Conhecida por sua atuação no segmento de arroz e feijão, empresa adquire a marca Café Seleto, uma das mais tradicionais do Brasil
13 de Setembro, 2021 | 07:18 PM

São Paulo — Depois de ter entrado no mercado de massas neste ano, a Camil Alimentos deu mais um passo na agregação de produtos ao seu portfólio e diversificação dos seus negócios. A empresa anunciou hoje (13) a compra da marca de café Seleto, pertencente ao grupo Jacobs Douwe Egberts (JDE) Brasil, antiga Sara Lee.

A empresa informou que a compra da marca está alinhada com a estratégia da companhia de diversificação de categoria, inaugurando sua entrada no segmento de café. “Essa mais recente aquisição consiste em um passo importante para o ingresso da companhia no mercado de café, vindo de encontro aos seus objetivos estratégicos de aquisições de marcas e ativos no setor de consumo na América do Sul”, disse a Camil em nota.

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Há tempos a Camil estuda entrar na categoria de café. O segmento já estava no radar da companhia desde 2017, quando fez seu IPO. O desejo foi reforçado no mês passado, quando a empresa pagou R$ 410 milhões pela Santa Amália e entrou no mercado de massas. À época, Luciano Maggi Quartiero, CEO da Camil, relembrou que não havia desistido de entrar no mercado de café.

A Seleto nasceu em São Paulo, na década de 1950 e chegou a ser líder de vendas no Estado. Ficou famosa no início dos anos 80, com um jingle que é lembrado até hoje por muitos nascidos naquele período. Foi comprada pela Sara Lee em 1998, mas acabou ficando em segundo plano na estratégia da empresa. Foi vendida em 2012 para o grupo mineiro Foods Alimentos. Quatro anos depois, em 2016, a Foods Alimentos foi comprada pelo holandeses da Jacobs Douwe Egberts (JDE).

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Alexandre Inacio

Jornalista brasileiro, com mais de 20 anos de carreira, editor da Bloomberg Línea. Com passagens pela Gazeta Mercantil, Broadcast (Agência Estado) e Valor Econômico, também atuou como chefe de comunicação de multinacionais, órgãos públicos e como consultor de inteligência de mercado de commodities.