Com home office, jovens britânicos dizem não saber se comportar em escritórios

Pesquisa do LinkedIn descobriu que 84% dos jovens se sentem “fora de forma” quando se trata de trabalho presencial

Pesquisa questionou mais de mil profissionais, sendo 250 com idades entre 16 e 34 anos
Por Lizzy Burden
11 de Setembro, 2021 | 10:14 AM

Bloomberg — Mais da metade dos jovens profissionais do Reino Unido afirmam que trabalhar em casa durante a pandemia prejudicou suas habilidades de comportamento no escritório, potencialmente prejudicando seus salários e progressão de carreira.

Isso apareceu em uma pesquisa do LinkedIn, que também descobriu que 84% se sentem “fora de forma” quando se trata da vida no escritório, incluindo conversas com clientes e apresentações.

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Os mais novos recrutas da força de trabalho britânica foram os que mais sofreram por perder oportunidades de networking e a chance de aprender por “osmose” trabalhando fisicamente ao lado de colegas, disse Janine Chamberlin, gerente nacional do site de networking no Reino Unido. A pesquisa questionou mais de mil profissionais, sendo 250 com idades entre 16 e 34 anos.

Dos 250 executivos do Reino Unido também pesquisados pelo LinkedIn, nove em cada dez concordaram que o desenvolvimento profissional dos jovens foi prejudicado e 55% planejavam aumentar os orçamentos para eventos sociais para ajudar os jovens funcionários a compensar o tempo perdido.

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Esse investimento é necessário pois “as habilidades no escritório desenvolvidas por meio de conversas com colegas podem levar a coisas maiores, como promoções e aumentos salariais”, acrescentou Chamberlin.

Tudo isso faz parte de uma ofensiva para atrair os funcionários de volta ao escritório. A McKinsey & Co. disse que não apenas as “fazendas de cubículos” devem acabar, mas “os escritórios devem ser lugares mágicos”. Outras empresas, como a PwC, oferecem bônus em dinheiro, com a sugestão de renovação do guarda-roupa profissional ou comprar uma bicicleta para ir ao trabalho.

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“A falta da conversa fiada no escritório, embora pareça insignificante no início, pode ter um impacto prejudicial de longo prazo no desenvolvimento de carreira”, disse Anjula Mutanda, psicóloga de trabalho em Londres.

“Os mais jovens, especialmente, não tiveram tempo para desenvolver habilidades de conversação no escritório, e muitos podem ter começado empregos em regime de isolamento sem nunca conhecer seus colegas na vida real, o que torna muito difícil se conectar a nível mais pessoal.”

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