Bloomberg — A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), que adiou os planos de abrir o capital da unidade de cimento em julho em meio à volatilidade do mercado, vê espaço para finalizar a listagem até o final do ano após a aquisição de US$ 1 bilhão da unidade da Holcim no Brasil.
A compra aumenta a capacidade de produção de cimento da CSN e pode dissipar a preocupação dos investidores em relação ao que poderia ser visto como um plano de expansão excessivamente agressivo, disse o diretor financeiro Marcelo Ribeiro em uma entrevista à Bloomberg News. A oferta potencial pode levantar cerca de R$ 3 bilhões, disse ele.
A empresa com sede em São Paulo, que comprou a Elizabeth Cimentos em junho, planeja usar os recursos do próximo IPO para financiar 50% da aquisição da Holcim, enquanto os outros 50% virão de um empréstimo provisório.
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“A aquisição de ativos maduros reduz muito o risco do plano”, disse o CFO. “Não precisamos que o Brasil cresça em alta velocidade para obter o retorno do nosso investimento.”
Os ativos da Holcim farão da CSN o segundo maior player de cimento em participação de mercado na maior economia da América Latina. A aposta é que o setor retorne aos níveis históricos de produção até 2022-2023 impulsionado pela atividade de construção.
A CSN listou a divisão de minério de ferro no início deste ano. As transações fazem parte da estratégia da família Steinbruch de vender ativos para reduzir a dívida da companhia. A operadora ferroviária MRS, da qual a CSN detém 38% do capital, também pode ser listada, disse Ribeiro.
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