São Paulo — Os preços da soja e do milho terminaram a semana em alta, mesmo com o relatório de oferta de demanda mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter revisado para cima suas projeções para a safra americana de grãos. Os contratos da soja para novembro avançaram 1,42% a US$ 12,88 por bushel, enquanto o milho para dezembro subiu 1,27%, fechando a sexta-feira valendo US$ 5,16 por bushel.
Hoje, o USDA estimou a safra americana de milho em 380,93 milhões de toneladas, acrescentando 6,25 milhões de toneladas à sua previsão de agosto. Com isso, a produção dos Estados Unidos passa a ser 5,74% maior do que a safra do ano passado.
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No caso da soja, o órgão americano adicionou quase um milhão de toneladas ao volume estimado no mês passado. Os produtores dos Estados Unidos devem colher na safra 2021/22 pouco mais de 119 milhões de toneladas de soja, 5,77% a mais do que a oferta do ano passado.
Analistas do mercado consideraram os dados de hoje neutros, uma vez que a revisão nos índices de produtividade das lavouras já era algo esperado, com a melhora das condições climáticas dos últimos 30 dias. O USDA elevou a produtividade média do milho para 184,42 sacas por hectare, número acima do projetado em agosto, mas ainda inferior ao recorde de 184,74 sacas por hectare registrado em 2018. No caso da soja, o rendimento foi projetado em 56,71 sacas por hectare, pouco acima das 56,05 sacas previstas no mês passado.
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“Esse aumento da produção (de soja) prevista combinado com a elevação dos estoques iniciais diante do menor esmagamento na 2020/21 acabou levando o órgão a aumentar os estoques finais na safra 2021/22 para 5 milhões de toneladas, ainda muito baixo do ponto de vista histórico”, afirma Guilherme Bellotti, gerente da consultoria agro do Itaú BBA.
Segundo o analista, além do incremento de produtividade o USDA aumentou a área plantada com milho nos Estados Unidos para 37,8 milhões de hectares, 0,7% a mais que a previsão anterior, resultando na expectativa de produção total maior. Outro destaque foi a revisão para cima dos estoques finais no país na temporada 2021/22, com a redução do uso de milho para etanol e exportações na safra anterior.
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