O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) disse nesta quarta-feira (8) que é hora de dar um “basta” à escalada de tensões políticas, afirmou que o país não “aceita radicalismos” e se ofereceu para mediar a crise entre Executivo e Judiciário.
O pronunciamento foi o primeiro de Lira depois das manifestações de 7 de Setembro, quando o presidente disse que não mais cumpriria ordens do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Lira não citou nominalmente Jair Bolsonaro nem fez qualquer menção à impeachment, mas fez gestos aos críticos do presidente.
“Conversarei com todos, e com todos os Poderes. É hora de dar um basta a esta escalada em um infinito looping negativo, bravatas em redes sociais, vídeos em um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia-a-dia do Brasil de verdade”, afirmou
Em seguida, o presidente da Câmara falou dos problemas da economia real: “O Brasil que vê a gasolina chegar a R$ 7, vê o dólar valorizado em excesso e a redução de expectativas. Uma crise que infelizmente é superdimensionada nas redes sociais, que apesar de amplificar a democracia, estimula excitações e excessos.”
Logo depois, ele elogiou manifestantes apoiadores do presidente que foram às ruas, sem violência: “Em tempo, quero aqui enaltecer a todos os brasileiros que foram às ruas de modo pacífico. Uma democracia vibrante se faz assim: com participação popular, liberdade, respeito à opinião do outro”.
Mas procurou distanciar-se do discurso do presidente que cobra o voto impresso, que já foi derrotada na Câmara dos Deputados. Ele disse que eleição do ano que vem terá voto eletrônico.
“Vale lembrar que temos a nossa Constituição, que jamais será rasgada. O único compromisso inadiável e inquestionável que temos em nosso calendário está marcado para 3 de outubro de 2022, com com as urnas eletrônicas São nas cabines eleitorais, com sigilo e segurança, que o povo expressa sua soberania”, disse.