Maior fundo soberano do mundo amplia foco ESG em imóveis

Fundo soberano da Noruega avalia todas as possíveis aquisições para estudar a existência de riscos de sustentabilidade

Carteira de imóveis focada em sustentabilidade deve chegar a US$ 30 bilhões
Por Lars Erik Taraldsen
07 de Setembro, 2021 | 09:00 AM

Bloomberg — O fundo soberano da Noruega afirma estar trabalhando em uma atualização de sua estratégia para garantir que a carteira de imóveis de US$ 30 bilhões atinja as metas de neutralidade de carbono estabelecidas no Acordo de Paris.

“Chegou o momento de cumprir nossas promessas”, disse Mie Holstad, que supervisiona os ativos reais no Norges Bank Investment Management. “Agora estamos trabalhando em uma estratégia de sustentabilidade separada e aprimorada, que nos prepara para o líquido zero”, bem como uma nova legislação acerca das emissões de carbono, disse.

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A pressão está aumentando sobre os gestores e detentores de ativos para reduzir sua pegada de carbono à medida que os cientistas alertam que o tempo está se esgotando para evitar um aumento cataclísmico nas temperaturas globais. Uma recente revisão do mandato de investimento do fundo soberano norueguês indicou que o setor imobiliário é uma área com riscos climáticos ocultos. Outros setores nos quais o risco climático é mal compreendido incluem bancos e seguros, constatou a revisão.

Holstad diz que o fundo soberano de Oslo tem políticas bem definidas sobre investimentos ambientais, sociais e de governança, o que significa que ela está confiante de que a carteira de propriedades já está preparada para os riscos que virão. Antes de qualquer aquisição, o fundo avalia possíveis alvos para constatar a presença de riscos ESG, disse ela.

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Embora a Noruega não tenha formalmente estabelecido metas de zero líquido para seu fundo soberano, Carine Smith Ihenacho, diretora de governança corporativa, disse no mês passado que “como fundo, é claramente de nosso interesse que as metas do Acordo de Paris sejam alcançadas. E isso inclui zerar as emissões líquidas até 2050”.

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