Bloomberg — Woolworths Group e Fortescue Metals se destacam no ranking de empresas australianas listadas com melhor divulgação dos riscos de escravidão moderna em suas cadeias de suprimento, enquanto IDP Education e Fisher & Paykel Healthcare estão entre as companhias com as piores classificações.
Essa é a avaliação de pesquisadores universitários com base na primeira temporada de declarações de empresas ao governo desde que a Austrália criou leis para erradicar a escravidão moderna. A Universidade Monash pontuou cada empresa em uma escala de 100, usando critérios que incluem diligência prévia da cadeia de suprimentos e processos de remediação no caso de a empresa identificar problemas de escravidão, de acordo com relatório publicado na segunda-feira.
O estudo deve ajudar empresas a melhorar suas práticas e fornecer a investidores ferramentas para impulsionar a mudança. A questão apresenta grande risco para empresas australianas, pois dois terços dos quase 25 milhões de pessoas em trabalho forçado e em servidão por dívida estão na região da Ásia-Pacífico, segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho.
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As empresas no topo da lista priorizaram a gestão dos riscos de escravidão e foram transparentes na forma como lidam com isso, disse a pesquisadora Nga Pham em comunicado. As companhias com as classificações mais baixas foram consideradas deficientes em suas estruturas de governança e discutiram a escravidão moderna de uma maneira geral, sem focar nos riscos específicos em seus próprios negócios, segundo a pesquisa.
O governo agora exige que cerca de 3 mil empresas que geram mais de 100 milhões de dólares australianos (US$ 75 milhões) em receitas na Austrália - como mineradoras, bancos e gestoras de ativos - avaliem e detalhem como estão administrando os riscos de escravidão nas cadeias de suprimentos e descrevam as medidas tomadas para corrigir quaisquer problemas.
Os pesquisadores disseram que as empresas identificaram que seus maiores riscos de escravidão estão em questões de trabalho forçado, trabalho infantil e servidão por dívidas, todos problemas na Ásia-Pacífico, onde a Austrália origina a maior parte das importações.
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No entanto, é o primeiro ano que empresas tiveram que comparar seus esforços com as novas leis da Austrália, e pesquisadores “esperam que a maioria das companhias tome medidas e melhore a qualidade de divulgação no próximo ano financeiro”, disse Pham.
Empresas com as maiores cadeias de suprimentos forneceram divulgações de maior qualidade e mostraram um histórico de medidas contínuas para reduzir riscos, concluiu o relatório.
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